Brasil Novo Notícias: Caso Dorothy: Policial acusa delegado de ter fornecido armas

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Caso Dorothy: Policial acusa delegado de ter fornecido armas

O policial federal Fernando Luiz da Silva Raiol afirmou em depoimento ao juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, nesta terça-feira (30), que um delegado da Polícia Civil foi o responsável pelo fornecimento de armas para posseiros de Anapú.

Com este depoimento, o policial inocenta Vitalmiro Moura e Regivaldo Galvão pela morte da missionária norte-americana Dorothy Mae Stang, em fevereiro de 2005. A Justiça deve decidir o destino do depoimento até quarta-feira, (31).
Raiol alegou ainda que os dois foram condenados injustamente e que teria existido um acordo de que os produtores protegeriam seus lotes sem comprometer a vida da missionária.

Segundo o policial, o INCRA entregaria ao Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDF), coordenado pela irmã, a área de terra onde estaria assentado Raifran da Neves, que por sua vez, sentia-se ameaçado por Dorothy.

Após a audiência, Raiol contou aos jornalistas que se considerava "muito amigo" de Dorothy por ter sido coordenador de sua segurança.

Ele informou ainda que em memória da missionária, que sempre lutou por Justiça, estava finalmente esclarecendo os fatos e que, inclusive, à época do crime, teria procurado as autoridades para prestar essas informações, mas não teria sido ouvido.

Atualmente, Fernando Raiol cumpre prisão domiciliar e recorre de sentença condenatória da Justiça Federal por crimes de extorsão, cárcere privado e concussão.

ENTENDA O CASO

Acusado de ser um dos mandantes da morte da irmã Dorothy, Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como "Taradão", chegou a ser preso, porém, foi solto em agosto deste ano por determinação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O alvará de soltura foi encaminhado pela 1ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará para a superintendência do sistema penitenciário.

Além de Galvão, Vitalmiro Bastos de Moura, o "Bida", também foi condenado sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato.

A missionária Dorothy Stang foi morta em fevereiro de 2005, na região de Anapú, distante cerca de 700 km de Belém. O motivo, segundo a Promotoria, foi a disputa por terras com fazendeiros da região.


(WD com informações do TJPA)

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