Foto: www.altamiranotícias.blogspot.com |
Não temos museu, também não temos uma Casa de Cultura atuante, um balé premiado internacionalmente anda meio esquecido, a escola de música e os prédios públicos vivem com a permissão do tempo, sobrevivendo a cada inverno duro e verão opressor. Altamira, diferentemente da máxima dos interiores pelo Brasil conta com uma galeria de arte e um grande artista plástico, responsável pela construção de belas obras que por muito tempo deram um ar mais suave a dura imagem de cidade interiorana que cresce sem comando. Por algum tempo.
Mas hoje, um novo duro golpe promete dias ainda menos cultos a nossa Altamira, na avenida Alacid Nunes, onde uma das emblemáticas rotatórias da cidade chama a atenção pela cruel passagem dos veículos desgovernados registra uma cena lamentável, mais uma vez o memorial do trabalhador foi depredado, e dessa vez, ferido na carne. Uma cena chocante e incomodante àqueles que tem um pouco de civilidade. Somente a esses, os membros das estátuas jogados no chão sufocam e prendem a atenção.
Como o monumento, outro símbolo da cultura regional espera lentamente um sonhado reconhecimento. Em obras há meses, o único cinema da região é aguardado como a final da copa das confederações, não somos sede, mas temos sede de ver e ouvir o grandioso Lúcio Mauro entrar novamente em cena. Esperar não custa nada, apenas tempo, tempo que a cidade vê passando e, levando a cada grão de poeira, um pedaço, um membro que como a poeira, não volta mais. Mas se voltar, não será, nunca mais será o mesmo.
Fonte: Blog da Karina Pinto
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