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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Professores fazem passeata pelas ruas de Medicilândia contra redução de salário

Professores fazem passeata pelas ruas de Medicilândia contra redução de salário
Os trabalhadores da educação de Medicilândia deflagraram um ato de repúdio a intenção do prefeito do município, Nilson Daniel, que quer a todo custo cortar o salário dos professores em até 50% tornando assim impossível do professor ficar em sala de aula. Os professores fizeram uma passeata pelas ruas do centro da cidade nessa segunda-feira, 14, fizeram manifestação na Câmara de Vereadores e ocuparam a prefeitura do município.
As reivindicações da categoria são: reposição salarial do que foi tirado, a diferença salarial; pagamento do adicional de férias que era para ter sido pago em janeiro; resposta para 32 pedidos de progressões que se encontram engavetados na prefeitura que os professores encaminharam através de requerimentos há mais de 8 meses; e 36% de perca salarial dos demais trabalhadores da educação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará - Sintepp Medicilândia - professor Valtair Fiafilo Deucher, afirmou que após assembléia realizada nesta segunda-feira, ficou decidido que os profissionais da educação estarão em greve a partir de hoje até que o governo municipal atenda as reivindicações da categoria. “Desde quarta-feira (9) passada nós estamos realizando várias manifestações depois que os professores na sexta-feira (4) anterior foram surpreendidos com um ato covarde por parte da administração municipal em reduzir os salários dos professores, teve professor que chegou a perder até R$ 1.800,00 no seu salário, ou seja, retiraram esse valor do salário do professor, o que nós em momento nenhum aceitamos. Nós estamos na luta exatamente para cobrar da administração municipal a transparência e pra cobrar do prefeito que ele devolva aquilo que foi tirado dos contra-cheques dos professores. Não foi tirado do salário de todos os profissionais da educação, mas foi tirado de grande parte, principalmente daqueles trabalhadores que tem mais tempo de serviço, daqueles trabalhadores que tem mais graduações, quer dizer, os que estudaram mais, esses são os que foram penalizados pelo ato covarde do prefeito. Agora a pauta nossa não é mais só a devolução desse valor. Nós estamos com a nossa pauta de reivindicações aguardando o prefeito nos atender, que é a reposição salarial do que foi tirado, a diferença salarial; o pagamento do adicional de férias que era para ter sido pago em janeiro e que até agora ele não pagou; resposta para 32 pedidos de progressões que se encontram engavetados na prefeitura que os professores encaminharam através de requerimentos há mais de 8 meses e até agora não tiveram resposta e eles estão perdendo no salário; também 36% de perca salarial dos demais trabalhadores da educação. O pessoal de apoio, os demais trabalhadores da educação do município, que estão com uma perca salarial de 36% no município e que as reivindicações dessa categoria não tem resposta nenhuma do poder executivo. Hoje pela manhã foi aprovado o indicativo de greve, até hoje nós estávamos paralisados, foi aprovada na quarta-feira passada a paralisação, mas hoje a assembléia aprovou a greve por tempo indeterminado e aguardamos que o poder executivo, que as autoridades do município venham sentar com a categoria e trazer respostas para nossas reivindicações”.
O professor segue falando sobre a revolta dos educadores. “Nós temos um Plano de Carreira que precisa ser respeitado Eles fizeram esse ato covarde porque deveria passado pela Câmara, fazer todo um estudo desse plano, ser aprovado pelas comissões na Câmara de Vereadores pra depois mexer no plano e eles não fizeram isso, simplesmente meteram a mão no bolso do trabalhador, é preciso que respeitem as leis educacionais que existem no nosso município, que existem no nosso estado e no nosso país e eles não fizeram isso, quer dizer, eles estão infringindo a lei, arriscaram o nosso PCCR e jogaram no lixo e isto nós não admitimos. Esses são os motivos por que se encontram paralisadas as aulas em Medicilândia. Protocolamos hoje no Ministério Público representações pedindo que o prefeito devolva o nosso dinheiro. A gente espera que o prefeito resolva logo tudo isso para que a gente volte ao trabalho, pra que  gente possa voltar a dar nossas aulas e fazer o que a gente gosta que é atender os nossos alunos, transmitir e construir conhecimento”.
Valtair ainda diz mais. “Desde a semana passada estão acontecendo passeatas nas ruas da cidade. Nesta segunda-feira nós fizemos uma grande passeata no centro da cidade, nos reunimos com muitos agricultores, produtores rurais, o pessoal do Sindsaúde e os demais trabalhadores da prefeitura, fizemos um protesto em frente a Câmara de Vereadores, ocupamos a prefeitura e fomos pra rua também divulgar a nossa manifestação, o nosso protesto pelo abandono que se encontra hoje o nosso município e os nossos trabalhadores da educação”, finalizou.
Estamos tentando contato com a administração municipal de Medicilândia para falar sobre o assunto.

Por: Joabe Reis

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