Brasil Novo Notícias: Líder tembé diz que tribo foi atacada e pede rapidez em investigações, no PA

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Líder tembé diz que tribo foi atacada e pede rapidez em investigações, no PA

Puyr Tembé, líder tembé, se manifestou nesta terça-feira (2) sobre o confronto ocorrido na segunda (1º), quando cinco colonos foram baleados na Vila do Livramento, próximo à reserva indígena do Alto Rio Guamá, em Garrafão do Norte, nordeste do Pará. De acordo com Puyr, o povo tembé, no exercício do seu direito e da decisão da Justiça na retomada do seu território reconhecido legalmente, foi atacado de forma violenta. “Reforçamos que há mais de 20 anos o nosso território da comunidade tembé vem sofrendo repetidas invasões, tirando o nosso direito de viver do nosso território. Pedimos para que as autoridades ajam com rapidez para investigar estas agressões e para corrigir a situação”, completou o líder indígena em nota enviada ao G1.
Equipes da Polícia Federal foram enviadas de Belém na manhã desta terça-feira (2) até o local do conflito. “Vamos acompanhar o caso, esses conflitos entre índios e colonos a gente já vê há pelo menos 30 anos. Vamos aguardar, no decorrer do inquérito, uma reunião entre Ministério Público Federal, Incra e Funai”, informou Ildo Gasparetto, Superintendente Regional da Polícia Federal do Pará.

Entenda o caso
Índios Tembé e colonos que habitam a Vila do Livramento, próximo à reserva indígena do Alto Rio Guamá, em Garrafão do Norte, nordeste do Pará, entraram em confronto na última segunda-feira (1º). De acordo com os colonos, os indígenas teriam chegado atirando. Cinco colonos ficaram feridos e foram encaminhadas no mesmo dia para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua.
Segundo a Funai, a fazenda onde ocorreu o confronto pertence a herdeiros da família Mejer Kabacvnik, que recebeu autorização do Incra  para ocupar a área limite, mas invadiu 9 mil hectares da terra indígena, na década de 70.
Após 35 anos de processos judiciais, no último mês de setembro foi concedida uma liminar da Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinando a reintegração para os índios da área de 9 mil hectares. Outra liminar da Justiça Federal, em Paragominas, também deu a reintegração dos índios, em 10 de outubro.
G1 Pará

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