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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Operação Onda Verde evita derrubada de árvores em Castelo dos Sonhos

intenção era de abrir área de 1500 hectares da Floresta. 

O Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, por intermédio das ações da operação Onda Verde, que combate o desmatamento ilegal na Amazônia, conseguiu evitar mais uma grande derrubada de árvores da floresta. Dessa vez em Castelo dos Sonhos, distrito de Altamira, próximo à Terra Indígena Baú, no Sul do Pará, havia intenção de abrir área de 1500 hectares.

Os agentes apreenderam oito tanques que armazenavam 3.200 litros de combustível, 15 motosserras, além de um revólver que estava em posse de um capataz da fazenda. No local havia três acampamentos com mais de 20 trabalhadores, todos foram ouvidos e devidamente qualificados. A multa pelo desmatamento passa dos R$ 8 milhões de reais.

As informações foram levantadas pelo serviço de geoprocessamento, a partir de imagens de satélite, equipes por terra se deslocaram para o local, acompanhados de duas equipes aéreas, o que garantiu o flagrante.

Na tentativa de driblar o “olho eletrônico”, os infratores abrem pequenos polígonos florestais. Contudo, a qualidade das imagens geradas e a velocidade com que chegam, permitem ao órgão agilidade e precisão. De acordo com o agente ambiental Govinda Terra, coordenador da ação, pela quantidade de combustível e alimento encontrados nos acampamentos, o desmatamento se estenderia por aproximadamente 30 dias. Segundo apurou, a meta dos infratores era desmatar 1500 hectares. “Graças à tecnologia de ponta que utilizamos, conseguimos interromper a atividade no início do desmatamento”.
O satélite é um grande instrumento de combate ao desmatamento ilegal. O conhecimento gerado pelas técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto permite economia e grande efetividade ao planejamento e execução das ações fiscalizatórias. Atualmente, em função do conhecimento geoespacial alcançado é possível detectar com antecedência alterações na cobertura vegetal da Amazônia Legal.

Processo que tem sido conduzido pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Ibama, cujo produto corresponde a imagens de alta resolução, que se transformam nos alvos de ataque da fiscalização. Conforme o tipo de desflorestamento aferido (corte raso, degradação ou fogo florestal), além da análise de variáveis locais, é possível traçar diferentes estratégias para prevenção e contenção dos processos degradatórios. A instituição conta ainda com 453 viaturas preparadas para enfrentar a Amazônia, equipadas com comunicação e rastreamento via satélite e uma força aérea de sete helicópteros.

Para Maria Luiza Gonçalves de Souza, titular da Coordenação de Operações de Fiscalização do Ibama (Cofis), a tecnologia tem sido grande parceira no combate ao desmatamento ilegal, permitindo à fiscalização se antecipar ao infrator. “Somada a outros elementos, a tecnologia nos garantirá números sustentáveis na degradação florestal”.

Fonte: O Xingu

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