A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) parou alguns serviços nas unidades do Pará e começou a prejudicar usuários que precisam receber benefícios. As pessoas que vem do interior do estado para serem atendidas na capital sentem os prejuízos da paralisação.
A pescadora Eliete Guimarães veio do município de Cachoeira do Arari, no Marajó, para dar entrada em uma procuração da mãe, mas não sabia da greve. ”A gente paga R$ 20 de navio, pagamos ônibus e táxi. Gastamos cerca de R$ 100 porque também temos que nos alimentar“, conta.
A greve dos servidores do Inss é nacional e já dura nove dias. Dentre as reivindicações a categoria pede a realização de concurso público, pois atualmente existem 889 servidores e 41 agências em todo o Pará. De acordo como o Sindicato dos Trabalhadores em Previdência, Saúde, Trabalho e Assistência Social no Estado do Pará (Sintprevs/PA),esse número seria insuficiente para atender a demanda do estado. O ideal seria que mais 200 trabalhadores fizessem parte do quadro de servidores.
“Isso é um problema muito sério por conta de uma demanda grande chamada seguro defeso. No Pará existem 337 mil pescadores para 800 servidores. Para atender essa demanda vai demorar de um a dois anos”, explica a diretora do (Sintprevs/PA) Ana Maria Magalhães. Ainda de acordo como sindicato, cerca de 87% da categoria aderiu a paralisação.
A greve do Inss pode causar sérios prejuízos para quem depende exclusivamente de benefícios da Previdência Social. “É uma situação que deixa os segurados em uma situação de miserabilidade e prejudica muitas famílias”, diz o advogado Felipe Lavareda.
Paralisação e reivindicações
A categoria reivindica o reajuste de remuneração de acordo com a inflação, reposição salarial de 27,3%, incorporação das gratificações, Plano de Cargos e Carreiras (PCCR), fixação de 30h de trabalho para todos os servidores, realização de concurso público para repor quadro funcional, fim do assédio moral, isonomia salarial e paridade entre ativos e aposentados.
A categoria reivindica o reajuste de remuneração de acordo com a inflação, reposição salarial de 27,3%, incorporação das gratificações, Plano de Cargos e Carreiras (PCCR), fixação de 30h de trabalho para todos os servidores, realização de concurso público para repor quadro funcional, fim do assédio moral, isonomia salarial e paridade entre ativos e aposentados.
G1 Pará
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