Brasil Novo Notícias: Piscicultura avança em Vitória do Xingu

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Piscicultura avança em Vitória do Xingu

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Foto: Wilson Soares / WD Comunicações
Produtores vitorienses estão sendo beneficiados com um projeto de piscicultura implantado pela Prefeitura de Vitória do Xingu, no sudoeste do Estado. O projeto é para atender os agricultores que querem diversificar a produção, e garantir uma renda familiar extra.
De acordo com Erivando Amaral, prefeito do município, o objetivo é criar outras fontes de renda para os pequenos produtores rurais de Vitória do Xingu. Ele ressalta que a iniciativa também visa incentivar o aumento da produção de peixes para o consumo familiar e a venda na feira livre do município, aproveitando o potencial hídrico da região Transamazônica. “Os produtores tinham uma renda de no máximo quatro mil reais por ano e hoje com a venda dos alevinos, em cerca de 10 meses, eles tem uma renda de quase R$ 20 mil reais.”, pontou o prefeito Erivando Amaral.
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Foto: Wilson Soares / WD Comunicações
O engenheiro de pesca e responsável pelo projeto, Wyllians Assunção explica que, inicialmente, foram selecionadas 70 famílias, que receberam um tanque escavado cada, sendo que a Prefeitura arca com todos os custos desta instalação. Não existe custo fixo de cada instalação, variando de acordo com as condições do terreno e a distância de cada propriedade e a única contrapartida exigida da Prefeitura é a produção dos peixes pelos agricultores.
“Cada viveiro tem mil metros quadrados. Fazendo uma estimativa de um peixe por metro quadrado, o que é o recomendado, cada produtor tem a capacidade de produzir até mil peixes de uma só vez”, explica Assunção. Além dos viveiros, a Prefeitura também cede aos produtores os alevinos e os dois primeiros meses de ração. “A partir daí a produção é por conta de cada um, mas sempre com o apoio e o monitoramento técnico contínuo da secretaria durante os 12 meses totais de duração de uma produção”.
Os produtores que não possuem experiência com criação de peixes recebem, antes mesmo de ter o tanque instalado nas propriedades, todo o suporte técnico necessário. “Quando uma família é escolhida, nós explicamos pra eles todo o custo e mão de obra necessária, pois muitos acham que criar peixe é jogá-los dentro de um buraco e colocar comida”, continua Assunção. “Por isso que também fazemos todo o trabalho de capacitação destes potenciais produtores para desenvolver o cultivo sustentável, incluindo que tipo e quantidade de ração e o quanto de proteína esta ração deve ter para obter uma produção grande e de qualidade”. Até mesmo fornecedores de ração com menor preço e melhor característica estão sendo prospectados para que os produtores possam comprar sem erros.
São várias as espécies cultivadas pelo projeto, entre elas, destacam-se o tambaqui, o pirarucu, o tambacu, a tambatinga e o curimatã. Estas espécies foram escolhidas pela alta demanda e por se tratar de espécies nativas, evitando qualquer desequilíbrio ambiental que possa surgir ao introduzir espécies de fora da região.
No futuro, o projeto também vai introduzir tanques do tipo de rede para o cultivo de peixe. Este outro tipo de criação é mais barato de se introduzir, pois ele consiste em colocar “gaiolas” dentro dos rios para a produção do peixe direto em águas correntes, sem a necessidade de instalação de tanques. Assunção explica que o rio Xingu tem uma potencialidade imensa em criações do tipo rede, mas que ela exige inúmeros cuidados.
O projeto também traz um benefício ambiental, pois a criação de peixes é uma atividade que pode ser feita em áreas que já estão degradadas, sem ser preciso desmatar, além de diminuir a pressão dos estoques naturais dos rios, permitindo que os cardumes consigam se renovar.
Por: Wilson Soares

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