Brasil Novo Notícias: Bairro de Altamira está sem água há mais de dois meses

domingo, 1 de maio de 2016

Bairro de Altamira está sem água há mais de dois meses

Moradores denunciam que a falta de água já chega a dois meses no bairro Brasília do município de Altamira, no sudoeste do Pará. A Companhia de Saneamento de Altamira (Cosalt) foi criada há seis meses para operar o novo sistema de abastecimento de água da cidade, mas a ligação da rede para as casas ainda não foi iniciada.
A Cosalt foi construída pela Norte Energia, empresa responsável pela usina hidrelétrica Belo Monte. Segundo o coordenador da Cosalt, Raimundo Barros, a rede de abastecimento já apresenta pontos de vazamento, mesmo sendo nova. A Norte Energia informou que a responsabilidade pela manutenção da rede é da Prefeitura de Altamira.
De acordo com o coordenador da Cosalt, o maior problema da rede é causado por constantes oscilações no fornecimento de energia elétrica da Celpa, que danificam os squipamentos da captação de água e da estação de tratamento. A Celpa ainda não se manifestou sobre o assunto.
“O setor jurídico da Prefeitura de Altamira entrou com uma ação perante à Rede Celpa, colocando em pauta todos esses defeitos desses equipamentos que estão sendo queimados, prejudicando o fornecimento de água no município”, afirma Raimundo Barros.
A família da funcionária pública Ana Beatriz adaptou calhas para captar água da chuva e poder realizar tarefas domésticas. “A gente improvisou isso aqui. Botamos a calha, da calha desce para a cisterna, da cisterna a gente bombeia para cima para suprir a nossa necessidade”, explica Ana.

Para não prejudicar o ano letivo, algumas escolas estão sendo abastecidas por carros-pipas da prefeitura. “A escola se mobilizou, a gente provocou o Ministério Público. Foi onde o Ministério Público tomou a frente e hoje nós temos o abastecimento regular de água”, conta Lourival Ferreira, coordenador pedagógico de uma das escolas.
A dona de casa Rosilane Azevedo relata dificuldades para dar banho nas filhas e realizar tarefas domésticas. “Tem escola que abre os portões e a gente pega nas garrafas. Das garrafas de água que eu banho minhas crianças”, conta Rosilane.
A cabeleireira Patrícia Cavalcante compra água três vezes por semana de um carro-pipa particular. “Só a minha caixa (d’água) eu gasto R$ 400 por mês se eu for colocar, porque eu pago R$ 30 em cada vinda (do carro-pipa), afirma.
Os moradores do bairro contam com a solidariedade dos vizinhos que têm poço em casa. “Qualquer pessoa que chega aqui me pedindo água, eu forneço”, diz a dona de casa Maria Inês. 
As informações são do G1 Pará.

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