Brasil Novo Notícias: MP CONTINUA INVESTIGAÇÕES EM UNIDADES DO IML NO INTERIOR DO PA

quarta-feira, 13 de julho de 2016

MP CONTINUA INVESTIGAÇÕES EM UNIDADES DO IML NO INTERIOR DO PA

O Ministério Público do Pará investiga irregularidades no Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves. Foram apreendidos documentos e mídias nesta terça-feira (12) no prédio sede o centro, em Belém. O MP continua as investigações também em unidades do interior. Os responsáveis podem responder por falsidade ideológica e improbidade administrativa.
Dentre as irregularidades, foi identificada uma alteração no ponto de frequência dos servidores. Em alguns casos os funcionários nem apareciam para trabalhar ou assinavam meio expediente, mas tinha no registro a informação de que trabalharam o dia inteiro.
O MP também constatou que muitos laudos periciais estão incompletos. Alguns foram iniciados, mas não foram concluídos e eram apresentados como se estivessem sidos finalizados. Segundo as investigações, o trabalho era iniciado por um perito criminal, mas era assinado por outro profissional.
Para o MP a manipulação dos laudos dificulta as investigações feitas pela Policia Civil e encaminhadas para Justiça. “Isso põe em risco a segurança jurídica do Estado, as autoridades policiais, o judiciário e o MP, que muitas vezes acabam sendo induzidos a erro”, afirma o promotor Arnaldo Azevedo.
As investigações começaram no mês de junho, quando o fato que chamava atenção dos promotores foi um suposto esquema de vendas de plantões entre os servidores. Segundo levantamento, servidores trabalhavam ao mesmo tempo no centro e em empresas privadas e instituições públicas de outros municípios do estado e até de fora do Pará.
Também foram encontradas ossadas em situação irregular de armazenagem. “Encontramos ossadas jogadas dentro de um porão, estão lá rolando de um lado para o outro, sem que efetivamente se tome uma providência para saber quem são aquelas pessoas”, completa o promotor.


A direção do CPC Renato Chaves informou que auxiliou as equipes durante cumprimento do mandato, garantindo o acesso a todos os documentos e informações solicitados. Ainda segundo a instituição, a direção irá aguardar o pronunciamento do MP quanto à veracidade da denúncia para posteriores medidas cabíveis sobre a situação.

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