Brasil Novo Notícias: IMPOSTOS PAGOS COM BELO MONTE CHEGAM A QUASE R$ 1 BILHÃO

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

IMPOSTOS PAGOS COM BELO MONTE CHEGAM A QUASE R$ 1 BILHÃO

Foto: Osvaldo de Lima
A construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, já resultou no pagamento de mais de R$ 963,1 milhões em encargos e impostos, conforme relatório da Norte Energia com o acumulado de 2011 até julho de 2016. O maior volume de contribuição é para impostos municipais, que beneficiaram com mais de R$ 585,6 milhões as cidades do Xingu, Belém e Brasília. Com a hidrelétrica, o Estado também arrecadou R$ 162,2 milhões em Imposto sobre Circulação, Mercadorias e Serviços (ICMS).
Os municípios da Área de Influência Direta de Belo Monte são os que mais arrecadaram com o Imposto sobre Serviços (ISS). A Vitória do Xingu, onde o empreendimento está em construção, foram pagos R$ 455,8 milhões. Já Altamira, o município mais populoso da região, recebeu mais de R$ 115,5 milhões. No total de impostos pagos, a Norte Energia, responsável pela hidrelétrica, pagou também mais de R$ 24,6 milhões em encargos, incluindo a Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), os “royalties” pelo uso da água do Rio Xingu para gerar energia.
Investimentos com Plano Básico Ambiental somam mais de R$4,2 bilhões
A circulação desse montante de tributos pagos com a construção de Belo Monte por meio de impostos além de reforçar os cofres da administração pública municipal, principalmente, também contribui para o desenvolvimento econômico e social de toda a região. Com as obrigações fiscais cumpridas, o empreendimento também aplicou cerca de R$ 4,2 bilhões, entre 2011 e 2016, em ações socioambientais com o Projeto Básico Ambiental (PBA) da hidrelétrica.
O conjunto de ações e obras condicionantes de Belo Monte voltadas as cinco cidades da Área de Influência Direta (AID) resultou na construção de três hospitais municipais (Altamira, Anapu e Vitória do Xingu); 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS); 66 obras de educação; implantação de sistemas de Saneamento Básico; aterros sanitários; cinco novos bairros planejados e estruturados em Altamira, investimento em habitação para cerca de 30 mil pessoas, além de ações para 11 terras indígenas da região do Médio Xingu, dentre outras.
Compensações vão continuar por mais 29 anos
Até 2045, a receita anual extra para a prefeitura de Altamira será de aproximadamente R$ 66 milhões por ano, em valores de hoje, com a Compensação Financeira pelo Uso dos Recursos Hídricos (CFURH). Do início das obras até janeiro de 2016, Altamira recebeu da Norte Energia mais de R$ 1 bilhão apenas em ações socioambientais do projeto Básico Ambiental (PBA) da Hidrelétrica Belo Monte. A título de comparação, este valor corresponde a quatro vezes o valor do orçamento de 2015 da prefeitura do município, de R$ 237 milhões, aprovado pela Câmara de Vereadores.
Já para Vitória do Xingu, a receita anual extra para a prefeitura com a Compensação será de R$ 61 milhões por ano, também em valores atuais. O recolhimento da Compensação Financeira pelo Uso dos Recursos Hídricos (CFURH) para as prefeituras será até 2045, prazo de concessão do empreendimento.

Por: Anderson Araújo

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