Brasil Novo Notícias: Trabalho preventivo e integrado garante tranquilidade ao concurso da Polícia Civil

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Trabalho preventivo e integrado garante tranquilidade ao concurso da Polícia Civil

A ação preventiva e integrada do sistema de segurança pública do Estado, em especial das polícias Civil e Militar, em conjunto com a Secretaria de Estado da Administração (Sead) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) tem garantido um número cada vez menor de denúncias e tentativas de fraude nos concursos promovidos no Pará. Não foi diferente neste domingo, 11, com a aplicação da prova objetiva do concurso público da Polícia Civil do Estado (PCPA), quando mais 22.602 candidatos em Belém, Marabá, Santarém e Altamira, concorreram a uma das 400 vagas ofertadas para os cargos de investigador, escrivão e papiloscopista. Dos 27.651 inscritos, 5.049 não compareceram à prova. Isso corresponde a 18,25% do quantitativo. A cidade que registrou maior índice de faltosos foi Belém.
Nas cidades de Marabá e Santarém, aproximadamente duas mil pessoas não foram às provas, o menor índice de faltas foi registrado em Altamira. As 150 vagas para delegado serão disputadas por 14.508 concorrentes no próximo dia 25. Durante as cinco horas de realização, o certame organizado pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), transcorreu normalmente, sem a ocorrência de tumultos, sendo considerado pelos organizadores um grande sucesso. Ao longo do processo foram registradas apenas duas denúncias nas semanas que antecederam a prova. Belém teve duas ocorrências; dois candidatos tentando se passar por outros para fazer a prova. Eles foram detidos, apresentados na Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), autuados em flagrante e responderão por falsidade ideológica e tentativa de fraude em concurso público. 

Outras duas situações foram registradas, mas não chegam a ser policiais. Dois candidatos estavam nas salas de aula com aparelhos celulares escondidos, foram convidados a se retirar e eliminados do concurso, como preconiza o edital. “Foi um dos concursos mais tranquilos da área de segurança. Alguns problemas existiram e todos foram resolvidos. Graças a essa prevenção adotada por nós desde o certame do Corpo de Bombeiros Militar, no início do ano, a cada concurso que passa, estamos mais qualificados a lidar com as situações que surgem e hoje não foi diferente. Além das poucas ocorrências na capital, o concurso transcorreu sem notas em Marabá, Santarém e Altamira. Fizemos 193 acautelamentos de armas, com equipe própria da PC em cada local de prova”, explicou o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, durante coletiva à imprensa na tarde deste domingo, em Belém.
Também estiveram presentes a secretária de Administração do Estado, Alice Viana, o procurador do Estado, Ricardo Sefer, e o coordenador de projetos e concursos da Funcab, Silvio Lutz. Parte do sistema de segurança do concurso, a PGE prestou assessoramento jurídico preliminar para que fossem evitados problemas judiciais. “Implantamos um modelo de Advocacia Pública Preventiva, desde a formulação do edital até o momento da aplicação da prova, bem como das outras fases também. Acompanhamos de perto para evitar que erros aconteçam e garantirmos o máximo de segurança jurídica na realização do concurso, tanto para a administração pública como para os candidatos. O que nós fizemos foi orientar os delegados que participaram das ocorrências para que tudo ocorresse dentro do que o edital e a lei preveem, com a excelente condução do Núcleo de Inteligência da PC”, afirmou Ricardo Sefer.
A titular da Sead destacou que desde 2011 já foram nomeados 14 mil concursados e que este é o terceiro certame realizado, em um período de cinco meses neste ano. “A partir de janeiro de 2018 esses policiais ingressarão efetivamente nos quadros da Polícia Civil. É um concurso longo, complexo, que requer um nível de seleção e qualificação muito grandes, até pela atividade que será desenvolvida. No que diz respeito à segurança, a prevenção e a integração de todos os órgãos envolvidos, especialmente pela atuação do Núcleo de Inteligência da PC, garantiu que o certame transcorresse dentro da normalidade e tranquilidade, sem maiores prejuízos para a sociedade e ocorrências que firam a lisura do processo. Garantindo os direitos de todos os cidadãos envolvidos”, avaliou.
Processo - De acordo com Silvio Lutz, da Funcab, nesta segunda-feira, 12, a partir do meio-dia, tanto a prova como o gabarito estarão disponíveis no site da instituição (www.funcab.org). Já nos dias 13 e 14 de setembro, os inscritos poderão interpor recursos contra o gabarito preliminar. O certame prossegue com as etapas de capacitação física, exame médico, exame psicológico, investigação criminal e social e curso de formação. O resultado final do concurso está previsto para março de 2017.
Carreira pública - Hoje foi dia de acordar cedo e focar no desafio de conquistar uma vaga no concurso da Polícia Civil do Pará (PCPA). Em Belém, a maior concentração de candidatos ocorreu na Universidade Federal do Pará, com 686 alunos presentes. Devido a grande extensão da UFPA, funcionários da universidade e colaboradores do concurso ajudaram na orientação das salas, além disso, um dos ônibus circulares do campus foi disponibilizado aos candidatos para a locomoção entre as áreas mais distantes. Algumas pessoas evitaram a correria e preferiram chegar mais cedo. Kátia Maria Silva, 28, bacharel em direito, veio do município de Capanema e estava próxima ao portão com seu carro apenas esperando a abertura oficial pontualmente às 7h da manhã. 
“Eu já venho me preparando há um ano, estudando por conta própria e em alguns cursinhos. Concursos como estes são uma grande oportunidade de crescimento e estabilidade profissional”, diz Kátia enquanto aguardava a abertura do portão. Assim como Kátia, outras pessoas também escolheram fazer o concurso público para a Polícia Civil para realizar o sonho de trabalhar na área da segurança pública. É o caso da bióloga Thaíssa Fernandes, 26 anos. “Estou me preparando há dois anos para esse concurso. Esta é uma grande oportunidade, pois com tanto desemprego no país, nós temos aqui uma oportunidade de ingressar na carreira pública dentro do Estado”, diz a bióloga.
Na saída da prova, ainda na UFPA, alguns alunos demonstravam satisfação com o que encontraram durante as 5 horas de prova. “Achei a prova maravilhosa! Eu já estava me preparando há um ano para este concurso. Acredito que tenho boas chances de conquistar a vaga para investigador”, diz a candidata Elane Pinheiro, 30. Já o estudante de engenharia mecânica Mário Marques, 28, fez a prova apenas por experiência. “Fiz esta prova apenas como experiência para os meus próximos concursos. A prova não estava difícil para quem se preparou”, detalha Mário.
Santarém - Em Santarém, no oeste paraense, cidade com terceiro maior número de inscritos, 3.078, a coordenação do concurso avaliou como positiva a realização da prova. “Tudo ocorreu tranquilamente e não houve nenhum incidente”, disse Vania Tercia Emilião, da Funcab, e que coordenou o certame naquele município. Dos 3.078 inscritos, 561 não compareceram para fazer a prova que foi realizada em oito unidades de ensino, em um total de 87 salas.
Os campus Rondon e Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foram os locais que abrigaram os maiores contingentes de inscritos. O delegado Gilberto Aguiar, superintendente regional da Polícia Civil no Baixo Amazonas, acompanhou de perto o andamento do concurso, que teve um forte esquema de segurança. “São novos colegas que vão somar e ajudar em nossa segurança pública. Apenas nove armas foram acauteladas durante as provas e tudo ocorreu de forma tranquila”, disse Aguiar. 
 Por: Mário Costa. (Com informações de Diego Andrade e Alailson Muniz / Secom)

Nenhum comentário:

Postar um comentário