Brasil Novo Notícias

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Prazo para Funai dar parecer sobre ocupação acaba hoje.


Encerra-se nesta sexta-feira (12), às 13 horas, o prazo dado pela Justiça Federal para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresente um parecer sobre a ocupação do Sítio Pimental, da Usina Belo Monte, em Altamira (PA), por indígenas, pescadores e pequenos agricultores. Após o parecer, o juiz federal Marcelo Honorato se manifestará sobre a ação de reintegração de posse com pedido de liminar ajuizada pela Norte Energia e Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) na segunda-feira (08). A ocupação é um protesto contra o barramento do Xingu e o não cumprimento de acordos e condicionantes.
 
No relatório para a Justiça, o Ministério Público Federal do Pará (MPFPA) insiste que a Norte Energia precisa cumprir condicionantes. As procuradoras da República Meliza Barbosa e Thais Santi mostraram ao juiz os pedidos feitos em ação cautelar anterior, para suspensão da licença de instalação de Belo Monte por descumprimento das condicionantes.
Elas acompanham o processo de negociação no canteiro de obras de Belo Monte. O processo judicial que trata da desocupação do canteiro tramita na Vara Federal de Altamira. O processo judicial que trata do descumprimento das condicionantes da obra aguarda julgamento na 9.ª Vara Federal em Belém.
Para o MPF, a causa da paralisação é a demora da Norte Energia em cumprir as condições mínimas estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para as obras, o que causa colapso em vários serviços públicos da região e danos às condições de vida das populações afetadas. Desde 23 de julho, a Justiça Federal na capital paraense está com uma ação cautelar para suspender a obra e obrigar o cumprimento das condicionantes, que não foi julgada.
 
"As condicionantes estabelecidas na licença prévia não foram cumpridas, sendo postergadas e incorporadas na licença parcial de instalação e, posteriormente, na licença de instalação, fase na qual continuam sendo tratadas pelo empreendedor como mero requisito formal, cujo cumprimento pode ser diferido no tempo, divorciado de qualquer cronograma ou promessa que seja necessária para garantir que as obras continuem, mesmo que o custo socioambiental deste comportamento seja insustentável", diz o texto da ação assinada pelos procuradores da República Felício Pontes Jr., Ubiratan Cazetta, Meliza Barbosa e Thaís Santi.
Os índios, pescadores, ribeirinhos e agricultores acampados no canteiro da usina enviaram cartas e declarações com as reivindicações em que enumeram as condicionantes não cumpridas. "Declaramos que essa manifestação é pacífica e tem por objetivo a busca pelo respeito aos direitos dos povos impactados direta e indiretamente pela UHE (usina hidrelétrica) Belo Monte e o cumprimento das condicionantes e acordos já firmados", dizem na carta.
O juiz Honorato, negou na segunda-feira o pedido de despejo da Norte Energia e do Consórcio Construtor Belo Monte, e notificou a Funai "para realizar o trabalho de intervenção pacífica no conflito possessório, durante as próximas 48 horas, com a presença de um procurador federal e especialistas indígenas, devendo apresentar relatório circunstanciado a cada 24 horas de trabalho, descrevendo, compulsoriamente, as soluções tentadas, os insucessos e seus motivos, bem como se obteve êxito na retirada pacífica dos indígenas".
A coordenação da Funai não se manifestou depois da reunião que, de acordo com fontes, foi tensa. Já à noite da segunda-feira, os manifestantes entregaram a coordenadora regional da Funai em Altamira, Estella Libardi de Souza, as reivindicações. A reunião foi uma determinação da Justiça Federal em Altamira, que negou liminar de reintegração de posse pedida pela Norte Energia e o CCBM, responsáveis pelo empreendimento, e determinou a intermediação pacífica da Funai, num prazo de 48 horas. O canteiro da usina foi ocupado por volta das 19 horas desta segunda-feira, por indígenas das etnias xipaia, curuaia, paracanã, arara do rio iririr, juruna, e assurini, que se juntaram aos pescadores que estavam há 24 dias protestando contra o barramento definitivo do Rio Xingu (PA).
Fonte: Jornal do Grande ABC.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Justiça determina reforço em segurança no Sítio Pimental


belo monte

A Justiça Federal, em Altamira, Pará, determinou reforço na segurança de bens e de pessoas presentes na área invadida por índios e ativistas de movimentos sociais. A área invadida é parte do Sítio Pimental, da Usina Hidrelétrica Belo Monte e os manifestantes chegaram ao local na noite de segunda-feira (8/10) e permanecem nesta quarta-feira (10/10). Por precaução, as obras foram paralisadas neste ponto do empreendimento.

A decisão judicial foi dada em resposta a ação apresentada pela Norte Energia e pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) para reintegração de posse da área ocupada. Na ação, a empresa responsável pelo empreendimento e o consórcio de construtoras contratado para executar o projeto alertam sobre a grande quantidade de veículos pesados e de materiais que podem ser depredados. Há ainda, no local, um paiol de explosivos que pode colocar em risco a vida de pessoas não habilitadas a manuseá-los.

"Determino que a Polícia Federal em Altamira coordene o trabalho de segurança das instalação adjacentes, bens de interesse federal, especialmente quanto ao local de depósito de explosivos", diz o juiz federal Marcelo Honorato em sua decisão. O magistrado também determinou que, nas próximas 48 horas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) faça a mediação entre a Norte Energia e os índios para uma saída pacífica dos ocupantes.

Até o momento, não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão.

Assessoria de Imprensa - Norte Energia S.A.

Funai terá que mediar desocupação de Belo Monte, determina Justiça Federal.


Foto: Felype Adms.

Segundo nota enviada pela Norte Energia na tarde desta quarta-feira (10), a Justiça Federal determinou reforço na segurança de bens e de pessoas presentes na área invadida por índios e ativistas de movimentos sociais no município de Altamira, que paralisaram as atividades na usina de Belo Monte desde às 19h da última segunda-feira (9).
Indígenas, pescadores e algumas pessoas contrárias à execução da construção integram o movimento em mais de 40 horas de ocupação do canteiro de obras da usina. Segundo a ONG "Xingu Vivo", o principal motivo da ocupação seria o não cumprimento de acordos firmados entre a empresa Norte-Energia, responsável pela construção da hidrelétrica, Ibama e comunidade.
Ainda de acordo com a nota,  até o momento, não foi apresentada nenhuma reivindicação ou justificativa pela invasão, e a decisão judicial foi dada em resposta a ação apresentada pela Norte Energia e pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) para reintegração de posse da área ocupada. A nota esclarece também que a na ação, a empresa responsável pelo empreendimento e o consórcio de construtoras contratado para executar o projeto alertam sobre a grande quantidade de veículos pesados e também de materiais que podem ser depredados, além da existência de um paiol de explosivos no local que  pode colocar em risco a vida de pessoas que não estivem habilitadas a manuseá-los de forma adequada. 
Foto: Felype Adms.
No comunicado, a decisão do juiz federal Marcelo Honorato. "Determino que a Polícia Federal em Altamira coordene o trabalho de segurança das instalação adjacentes, bens de interesse federal, especialmente quanto ao local de depósito de explosivos". O magistrado também determinou que, nas próximas 48 horas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) faça a mediação entre a Norte Energia e os índios para uma saída pacífica dos ocupantes.

Diario do Pará.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

NORTE ENERGIA: Nota à imprensa

A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informa que por volta das 19 horas de ontem, dia 08 de outubro, alguns índios e vários membros de movimentos sociais ocuparam a ensecadeira no Sítio Pimental, um dos canteiros de Belo Monte. Estima-se que estejam na área por volta de 80 pessoas.

Durante a ocupação os manifestantes realizaram a tomada de uma ambulância, um ônibus e os postos de vigilância. Um motorista, que trabalha para o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) foi ferido. Alguns operários foram mantidos reféns e liberados horas depois.
O canteiro foi completamente evacuado para preservar a segurança dos 900 trabalhadores que foram transferidos para local seguro.

A Norte Energia ingressará na comarca de Altamira com ação que visa à reintegração de posse do canteiro ocupado. Até o momento não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão. Observa-se que a ação é premeditada e foi anunciada desde o dia 07 de outubro em blogs e nas redes sociais.
Assessoria de Imprensa - Norte Energia S.A.

Obras de Belo Monte estão parcialmente paradas na Volta Grande do Xingu.


Na noite de ontem (08/10), um grupo de 80 indígenas de 11 aldeias das seis etnias próximas do sítio Pimental na volta grande do Xingu, em Vitória do Xingu no sudoeste do Pará voltaram a ocupar um dos canteiros de Obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Os indígenas se juntaram a um grupo de pescadores que já estão acampados na região desde o dia 17 de setembro em protesto pela demora no cumprimento de acordos firmados em um documento que resultou no PBA – Plano Básico Ambiental assinado por várias autoridades além da Norte Energia, empresa responsável pela implantação, e funcionamento da Usina.

Foto: Felype Adms.
Após várias reuniões realizadas em Altamira e Brasília, a respeito das condicionantes impostas pelo IBAMA para a mitigação dos impactos às populações tradicionais, as lideranças Xipaia, Arara da Cachoeira Seca, Curuaia, Juruna e Caiapós ameaçam atear fogo nas máquinas do sítio Pimental caso os Presidentes da Norte Energia, FUNAI, IBAMA não compareçam para negociar o cumprimento das condicionantes.

“A gente não quer mais acordo, não dá pra acreditar nesse ‘pessoal’, ou eles começam os serviços e as benfeitorias prometidas agora ou então vamos derramar sangue no Xingu, todo mundo aqui está pronto pra guerra” Disse o Cacique Jair Xipaia.

Os índios ameaçam invadir os escritórios do consórcio e prometem pressionar o governo federal se necessário com detenção de operários. Em entrevista, as lideranças atacam o governo federal e dizem que estão em seu território que foi “invadido” pelas máquinas.

As chaves dos veículos foram tomadas pelos índios, mais de 30 veículos foram apreendidos, as lideranças pretendem juntar mais de 500 índios guerreiros nos próximos dois dias e iniciar o que eles chamam de guerra pela vida dos povos tradicionais.

“Nós moradores aqui a milhares de anos, nunca imaginávamos que seriamos expulsos, hoje nossos direitos não estão sendo respeitados, ninguém aqui invadiu a obra, a obra é que está dentro da nossa casa” Disse Juma Juruna.

Foto: Felype Adms.
Além dos acordos firmados no PBA e as condicionantes indígenas, as lideranças cobram em caráter de emergência acesso às aldeias, perfuração de poços artesianos, navegabilidade próximo as ensecadeiras atendimento à saúde indígena, alimentos, comunicação via rádio, energia elétrica, reforma e construção de casa de apoio em Altamira.

O acampamento montado próximo ao sítio Pimental pelos pescadores da Colônia Z 57 continua com pelo menos 20 pessoas, segundo Lúcio Vale presidente da Colônia o momento é de cobrar ações, pois já foram feitas inúmeras reuniões e até esta data nada foi resolvido.

“Na reunião feita com a gente, prometeram ações e navegabilidade para os pescadores já a partir de setembro, já estamos em outubro, as obras estão avançando rápido e a gente está ficando para trás, mentiram pra todos nos aqui” Disse Lúcio.

Sobre a invasão, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas Obras na volta grande do Xingu, informou que paralisou as atividades no canteiro por questões de segurança.

A Norte Energia, empresa responsável pela construção, operação e funcionamento de Belo Monte, informou em nota que ingressará na comarca de Altamira com ação que visa à reintegração de posse do canteiro ocupado.
www.oxingu.com

Índios e ambientalistas invadem canteiro de obras da usina de Belo Monte


canteiro de obras

Um grupo de índios e ambientalistas invadiu, pela quarta vez, uma área de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no oeste do Pará.

Os manifestantes entraram, por volta das 17h desta segunda-feira (08.10), em uma ensecadeira (espécie de barragem provisória feita de areia) do sítio de obras Pimental, um dos cinco canteiros de construção da hidrelétrica..

A empresa Norte Energia responsável pela construção e operação da usina, ainda não se manifestou sobre a nova invasão.
OUTRAS INVASÕES
Índios e ativistas ambientais já haviam invadido outras vezes as áreas dos canteiros de Belo Monte. Em uma delas foi necessário a polícia abrir inquérito para apurar atos de vandalismo, pois os manifestantes quebraram materiais de escritório, como computadores e parte da infraestrutura de um dos canteiros.
A hidrelétrica é criticada por ambientalistas, que afirmam que ela prejudicará o modo de vida da população da região do rio Xingu. Quando concluída, será a terceira maior hidrelétrica do mundo.

Wilson Soares (WD Notícias)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MARINA ESPEROTTO SE TORNA A PRIMEIRA MULHER ELEITA PREFEITA PELO VOTO DIRETO EM BRASIL NOVO


As eleições para prefeitos e vereadores em todo Brasil aconteceram de forma tranquilidade, foi o que afirmou a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, ao fazer um balanço das eleições ontem à tarde. No Pará, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou que o pleito seguiu sem graves ocorrências.

O Pleito eleitoral em Brasil Novo ocorreu com tranquilidade, apenas algumas divergências entre eleitores sem repercussão no processo eleitoral. Os eleitores do município estivaram preocupados em expressar o voto de forma respeitosa uns com os outros.

Brasil Novo possui 12.534 cadastrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuído em 39 seções espalhadas no centro Urbano e nas vicinais. Deste número compareceram às urnas 10.821 (86,33%) dos eleitores de Brasil Novo com um número de 1.713 Abstenções (ELEITORES QUE NÃO COMPARECERAM). O resultado das urnas elegeu Marina Esperotto do PSB com 5.311 um total de (51,82%) dos votos válidos nesta eleição. O candidato Alexandre Lunelli do PT que tentava a reeleição tirou 4.938 o que representa (48,18%) a diferença entre os dois foi de 373.

Além das abstenções de eleitores que não compareceram para votar tiveram 98 votos em Branco (0,91%) menos de 1% e 474 anularam seus votos uma representação de (4,38%).
A classificação dos vereadores eleitos ficou assim:

Pirica – 1.178 votos.
Sérgio Botelho – 660 votos
Toninho Mardegan – 646 votos
Professor Walter – 571 Votos
Santos – 498 Votos
Graça Santos – 498 Votos
Pedro Zani – 456 Votos
Fátima Rocha – 456 Votos
Neto – 452 Votos.

Você pode acompanhar os resultados no site do TSE http://divulga.tse.jus.br/oficial/index.html.

Por: Valdemídio Silva
Equipe Popular FM

sábado, 6 de outubro de 2012

TSE cria grupo de apoio para evitar atrasos em caso de falta de energia


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu hoje (5) que não haverá atraso na votação ou na transmissão de dados pelos tribunais regionais eleitorais no próximo domingo (7), caso haja interrupção no fornecimento de energia.

Durante todo o domingo, funcionará na sede do TSE, em Brasília, uma central de apoio com técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Eles vão trabalhar em esquema de plantão para resolver possíveis problemas ligados a falta de energia.

A instalação da central de apoio foi acertada durante reunião entre a presidenta do TSE, ministra Cármen Lúcia, e representantes das duas agências.

Ontem (4), após ter sido registrada falta de energia em partes de todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de partes do Acre e de Rondônia, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, se reuniu com os diretores de todas as distribuidoras de energia.

O ministro disse ter chamado atenção para os cuidados que devem ser tomados para evitar problemas de fornecimento de energia durante as eleições. “Temos preocupação, porque temos responsabilidade. E elaboramos um plano de contingência para atender a estas possibilidades”, explicou.

A assessoria do TSE informou que a urna eletrônica tem autonomia de 12 horas e pode funcionar mesmo desligada da rede elétrica. O período de votação, no próximo domingo, vai das 8h às 17h e a expectativa do TSE é que por volta das 20h mais de 90% dos municípios brasileiros conheçam seus próximos prefeitos.

MTE resgata 150 trabalhadores no Pará

Cerca de 150 trabalhadores que trabalhavam em regime de escravidão na Siderúrgica do Pará (Sidepar), em Goianésia, no sudeste do Estado, foram resgatados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, os trabalhadores foram encontrados em atividade de carvoejamento (colheita e arraste da madeira) e como cozinheiros, em completa informalidade, submetidos a condições de vida e trabalho degradantes. Ao todo, foram emitidas 138 guias de seguro desemprego e 28 Carteiras de Trabalho e Previdência Social aos trabalhadores resgatados.

Embora as siderúrgicas sejam as destinatárias finais da produção dessas carvoarias, elas não assumem que recebem o carvão produzido de maneira irregular - sem atender aos requisitos dos órgãos ambientais - e negam de forma veemente que a atividade desses trabalhadores estejam ligadas à sua produção, diz o grupo de fiscalização. Além das péssimas condições de trabalho, os trabalhadores pernoitavam em construções precárias, sem as mínimas condições de habitabilidade.

Depois da operação, segundo o MTE, os trabalhadores foram retirados. Enquanto isso, os auditores fiscais procediam a emissão de autos de infração. Paralelo a esse trabalho, os fiscais investigam o elo de ligação dos operários com a Sidapar, o que é importante para que sejam feitos os cálculos de rescisões.

O Liberal

Agência do Banco do Brasil de Goianésia é assaltada.


Uma quadrilha formada por pelo menos seis bandidos assaltou o Banco do Brasil, em Goianésia, sudeste paraense, nesta sexta-feira (5). Para entrar na agência, eles fizeram a família do gerente refém e o obrigaram a abrir o cofre. O bando fugiu levando um malote de dinheiro. A quantia ainda não foi revelada.
A esposa e duas filhas do gerente da agência ficaram dez horas em poder de assaltantes, entre a noite da quinta-feira (4) e a manhã desta sexta-feira (5), em uma modalidade de crime apelidada pela polícia de 'sapatinho', quando a quadrilha chantageia a vítima, sequestrando sua família.
Um grupo ficou com a família do gerente, enquanto o outro seguiu com ele até o banco. O gerente abriu o cofre e os bandidos tiveram acesso ao malote. Com a conclusão do assalto, eles voltaram ao cativeiro e liberaram o gerente e a família.
O grupo fugiu no veículo da vítima. Equipes de policiais da delegacia de Goianésia, com apoio de policiais da Divisão de Repressão ao Crime Organizado de Belém, fazem buscas na área na tentativa de localizar os bandidos.
ORM.

PF diz que dinheiro apreendido em Parauapebas seria entregue ao PT


O R$ 1,134 milhão apreendidos pela Justiça Eleitoral na última terça-feira em  Parauapebas (PA) seriam
entregues a Alex Pamplona Ohana, ex-secretário de Saúde  do município e apontado como coordenador da campanha do candidato José das Dores  Couto, conhecido como “Coutinho do PT”. A informação faz parte do depoimento  dado por Adnado Correia Braga ao delegado da Polícia Federal de Marabá, Antonio  José Silva Carvalho, que investiga a suspeita de uso do dinheiro para compra de  votos em Parauapebas. Braga foi encarregado de levar o dinheiro de Belém até  Parauapebas e deu à PF detalhes sobre a operação.

- O depoimento de Adnaldo nos dá todos os indícios de que o dinheiro seria  usado na campanha eleitoral na cidade. Outro indício era a presença de Alex no  local. Ele saiu do aeroporto tão logo chegou o juiz eleitoral Líbio Moura,  acompanhado por policiais, e chegou a cumprimentá-lo – afirmou o delegado,  acrescentando que, além do juiz, os vigilantes do aeroporto também confirmaram a  presença de Alex no aeroporto.

Adnaldo Correia Braga é primo de Kerniston Braga, funcionário da Prefeitura  de Parauapebas, que é administrada por Darci José Lermer (PT). Como está no  segundo mandato e não pode ser reeleito, Coutinho, ex-secretário de Obras do  município, recebe seu apoio. A vice na chapa é Isabel Mesquita, do PMDB, ex- secretária Nacional de Políticas de Turismo.

Em depoimento à PF, Adnaldo afirmou que seu primo Kerniston viajou a Belém no  domingo e pediu que a ele que o acompanhasse na segunda-feira a uma agência do  Banpará, onde pegaria uma grande soma de dinheiro. Preocupado com um possível  assalto, Kerniston teria pedido a ele que fizesse a escolta, seguindo seu carro  no trajeto. No banco, Kerniston teria recebido R$ 400 mil sacados em dinheiro  vivo pelo dono da Etec Empresa Técnica, que descontou um cheque da empresa. No  mesmo dia, contou Adnaldo, Kerniston fez a ele um segundo pedido: que se  encarregasse de levar o dinheiro no avião da empresa White Tratores, pilotado  por Lucas Silva Chaparro.

Em depoimento ao delegado Carvalho, Adnaldo afirmou ter sido surpreendido na  terça-feira pelo primo. Na hora de embarcar, no lugar de receber apenas uma  mochila de dinheiro, com os R$ 400 mil sacados no dia anterior, Kerniston lhe  entregou mais duas mochilas recheadas com notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20. A  mulher de Adnaldo foi junto porque nunca havia viajado de avião.

- Antes de o avião pousar em Parauapebas, Kerniston mandou uma mensagem para  o celular de Adnaldo, orientando para que o avião pousasse em Marabá, não no  município, mas o primo não viu – disse o delegado, que acredita que a mensagem  possa ter sido enviada após informações sobre a ação da Justiça Eleitoral, que  havia sido avisada de que chegaria dinheiro vivo no aeroporto para ser usado na  compra de votos no município e convocou as polícias Militar e Civil para a  operação.
Para Carvalho, o fato de o juiz Líbio Moura não ter esperado que o dinheiro  fosse entregue ao destinatário, qualquer que fosse ele, complica as  investigações.

- Tenho indícios e o depoimento, mas se o dinheiro tivesse sido apreendido já  com o destinatário seria mais fácil estabelecer o crime eleitoral. O fato de o  dinheiro estar sendo transportado não é, por si só, um crime – explicou.

Em depoimento informal, um irmão de Paulo Guilherme Cavallero Macedo, dono da  Etec, afirmou à Polícia Federal que os R$ 400 mil em espécie foi sacado a pedido  de João Vicente Ferreira do Vale, dono da White Tratores, conhecido como  Branco.

- O Branco alegou que, se o dinheiro fosse depositado na conta, seria  bloqueado por meio de penhora eletrônica, e que precisava pagar funcionários.  Perguntei a ele se a Etec costumava pagar fornecedores em dinheiro, e a resposta  foi que esta teria sido a primeira vez. O dono da Etec disse que não tinha  aliados políticos em Parauapebas, mas sabia que Branco tinha “vários rolos” – disse o delegado, que ouvirá o dono da Etec, o irmão dele e o proprietário da  White Tratores na próxima terça-feira.
O advogado da campanha do PT em Parauapebas, Wellington Valente, afirmou que  o fato de Alex Pamplona Ohana estar no aeroporto não o vincula ao dinheiro  apreendido ou a qualquer irregularidade.
- Ele estava no aeroporto como qualquer cidadão poderia estar, se despedindo  de um amigo. Isso não o relaciona com o dinheiro. Ele cumprimentou o juiz porque  o conhece – disse Valente.

O advogado afirmou que não tem conhecimento do conteúdo dos depoimentos  prestados à Polícia Federal, mas que a empresa White Tratores informou que tem  nota fiscal do dinheiro e contrato de prestação de serviços para comprovar a  operação.

- Não tem qualquer vínculo com a campanha – afirmou Valente.

O delegado da PF disse que não recebeu ainda nenhuma nota fiscal  correspondente à negociação entre as duas empresas e que vai solicitar a folha  de pagamentos da White Tratores, para saber qual a quantia seria usada para  pagar funcionários. Carvalho suspeita que o valor seja muito inferior à da  quantia transportada.

- Quero ouvir o Kerniston. Quero saber de onde veio o dinheiro das outras  duas mochilas – disse o delegado.

Carvalho explicou que caso exista crime, será de formação de quadrilha ou  lavagem de dinheiro, uma vez que a corrupção eleitoral não chegou a ser  concretizada, pois o juiz eleitoral apreendeu a quantia antes que ela mudasse de  mãos.

As duas empresas envolvidas na operação têm contratos com a Prefeitura de  Parauapebas. A White Tratores, que assumiu ser dona do dinheiro, possui pelo  menos dois, no valor de R$ 2,6 milhões, por serviços de locação de caminhões e  picapes. A Etec é dona de um contrato bem maior, no valor de R$ 36.228.352,08,  destinado a obras de terraplenagem, drenagem e pavimentação asfáltica na zona  urbana e rural do município, assinado em setembro de 2011 e com término previsto  para setembro deste ano. Em maio passado, foi assinado um aditivo de R$  8.930.011,05.

Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, a Etec doou R$ 300 mil à  campanha de Darci José Lermer em 2008. O proprietário da White Tratores doou R$  3 mil para a campanha do vereador Raimundo de Vasconcelos Silva, então candidato  pelo PT.

O juiz Líbio Moura não quis confirmar o encontro com Alex Pamplona Ohana no  aeroporto.
- Entendo que a investigação é sigilosa. Não se pode julgar ninguém  antecipadamente, às vésperas da eleição – afirmou Moura.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

EMPRESÁRIO AFIRMA SER DONO DE R$ 1,13 MILHÕES APREENDIDO NO PARÁ

O dono de uma empresa que trabalha com aluguel de tratores em Parauapebas, no sudeste do Pará, afirma ser o proprietário do dinheiro apreendido nesta terça-feira (2) suspeito de financiar campanha eleitoral no município. Ele afirma que já entrou com uma ação na justiça para provar que o R$1,13 milhão lhe pertence.
Por telefone, o empresário informou à TV Liberal, afiliada à Rede Globo no Pará, que o dinheiro foi recebido em pagamento por serviços prestados em Belém, mas não quis comentar nada a respeito do casal com o qual o valor foi encontrado.
O dinheiro está depositado em uma conta a disposição da justiça e o número de série das cédulas será rastreado pelo Banco Central.
Nesta quarta-feira (3), em entrevista coletiva, o juiz eleitoral de Parauapebas afirmou que é cedo para divulgar informações sobre a propriedade ou destino do dinheiro apreendido. "Nós da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal, se disséssemos algo, seria leviano e prematuro. Não há possibilidade de fazer isso", conta Líbio Araújo Moura.
De acordo com a polícia, a ação aconteceu dentro do conjunto de abordagens realizadas a dois meses na região para combater crimes eleitorais. "Nas operações alguns candidatos foram detidos em flagrantes", conta o delegado da Polícia Civil no município, Antônio Miranda.
Entenda o caso
Três pessoas foram detidas nesta terça-feira (2) com cerca de R$ 1,13 milhão em espécie no aeroporto de Carajás, no Pará, em operação conjunta das Polícias Civil, Militar e da Justiça Eleitoral.

Segundo a Polícia Civil, o dinheiro foi apreendido por volta do meio-dia e estava em três mochilas carregadas pelos suspeitos, que haviam desembarcado de um avião monomotor particular. Segundo a Infraero, os suspeitos foram detidos no terminal de passageiros do aeroporto.

Polícia Investiga morte de funcionário de Empresa que Constrói Belo Monte.


Na noite de ontem (02)um jovem acabou morrendo ao cair da janela de um ônibus na BR 230.Já passavam das 21 horas quando a polícia rodoviária foi comunicada sobre o acidente que aconteceu na altura do km 23 sentido Belo Monte. 
Segundo informações da PRF Tiago Sergio dos Santos Ferreira de 25 anos teria caído de uma das janelas do ônibus que faz o transporte de trabalhadores para o chamado sítio Pimental, um dos canteiros de obra de Belo Monte. 
Tiago trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Pimental. Ao cair da janela a vítima acabou batendo a cabeça em uma pedra, peritos do Instituto Médico Legal,polícia civil e militar estiveram no local do acidente. O IML têm dez dias para emitir o laudo com as causas morte da vítima.

Por:  Geane Cerqueira e Sidalécio Souza.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sema afastou servidores por suspeita de corrupção

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) já contabiliza três servidores afastados por suspeita de irregularidade desde 2011. Um balanço da ação "Conexão Verde", desenvolvida em parceria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), para tentar moralizar o órgão, foi divulgado após a prisão de mais um servidor da secretaria, na sexta-feira, 21. Cleber Gomes Vilhena, 38 anos, foi preso em flagrante ao cobrar R$ 2 mil de um empresário de Jacareacanga, na região sudoeste do Estado, para acelerar o andamento de um processo.

Segundo a corregedora ambiental da Sema, Rosângela Wanzeler, desde o início da ação, ainda no primeiro semestre do ano passado, foram afastados três servidores. Dois deles aguardam a finalização do processo judicial e o terceiro está em fase de instauração de procedimento. A ação também provocou o bloqueio de sete empresas e a denúncia de três engenheiros florestais, responsáveis técnicos pelas empresas. Todos foram denunciados ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará e ao Cadastro Técnico de Defesa Ambiental (CTDam). Um deles foi bloqueado e está impedido de atuar junto à Sema. "O objetivo dessa ação é criar uma malha de segurança. Passamos a ter um controle maior das movimentações de projetos florestais", explicou a corregedora.

A ação basicamente funciona como troca de informação constante e monitoramento por parte dos órgãos envolvidos. A avaliação e aprovação de projetos também ficou mais rigorosa. O que implica em mais tempo. Mas, segundo Wanzeler, a secretaria apenas passou a cumprir os tramites exigidos legalmente. "Os critérios já existiam. O que passamos a fazer foi cobrar o cumprimento desses critérios", defendeu. O tempo médio de aprovação de um projeto na Sema, segundo a corregedora, é de seis meses. "Desde que a proposta apresentada cumpra todas as exigências. O que acontece, muitas vezes, é que os projetos chegam aqui sem a elaboração adequada, com documentação pendente, e aí o tempo acaba sendo maior". Os servidores que cometeram irregularidades estão sujeitos a penas que vão de suspensão a demissão.

Empresários, projetos e demais profissionais, mesmo que sem vínculo com a secretaria, também sofrem penalidades. "Por isso trabalhamos em parceria. Mesmo os casos que fogem da competência da Sema, são denunciados tanto ao Ministério Público do Estado, Ministério Público Federal e Polícia Federal."

O Liberal

Semana Nacional de Trânsito alerta para necessidade de reduzir acidentes no País

Há dois anos, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou aos países membros a adoção de planos estratégicos para reduzir o número de acidentes de trânsito, morreram no Brasil 42.844 pessoas – número que colocou as rodovias brasileiras entre as mais perigosas do mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, 45,7% das vítimas tinham entre 20 e 39 anos (19.580) e mais de 80% eram homens (34.941).

O número de mortes, ao contrário do que se imagina, nem sempre está relacionado diretamente ao tamanho da frota e da malha viária. Santa Catarina, por exemplo, apesar de ter aproximadamente 7 mil quilômetros de rodovias, figura como o terceiro estado com o maior índice de mortes no trânsito do País. O estado fica atrás apenas de Minas Gerais e do Paraná, que possuem uma malha rodoviária quase três vezes maior.

O Brasil começou a adotar as ações recomendadas pela ONU em 2011 com o lançamento do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes - Pacto pela Vida.

Neste ano, como parte das comemorações da Semana Nacional de Trânsito (18 a 25 de setembro) e dos 15 anos do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), o governo federal decidiu reforçar as ações do Pacto pela Vida criando um conselho nacional para a redução dos acidentes e uma campanha permanente para conscientizar as pessoas – “Pela Consciência no Trânsito”.

“A campanha é interessante, porque, de fato, falta conscientização, mas também temos um deficit de fiscalização muito grande nas estradas e nas cidades, além de lacunas na legislação”, afirma o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), autor do Projeto de Lei 2872/08, que, assim como cerca de 80 propostas em tramitação na Câmara, altera o Código de Trânsito.

Punições exemplares
Na semana passada, durante o anúncio da campanha, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo "está fazendo sua parte", aumentando os investimentos em estradas e incluindo a duplicação dos principais eixos rodoviários do País.

Mas, na opinião da presidente, o Brasil peca ao não punir com o devido rigor aqueles que cometem infrações de trânsito. “Isso é necessário para criar padrões de comportamento segundo os quais o bom é respeitar regras e o ruim é violá-las, para que não sejamos cúmplices dessas mortes”, disse Dilma Rousseff durante o anúncio.

Zarattini concorda que a legislação deve ser atualizada para aumentar as penalidades aplicadas nos casos de infrações como "racha", ultrapassagem perigosa, excesso de velocidade, utilização de telefone celular, entre outras. “Nosso projeto pretende fazer uma reforma do código e avança, por exemplo, na questão dos motociclistas, que se tornaram, nos últimos anos, as principais vítimas dos acidentes de trânsito”, explica.

Motoqueiros
Em 2010, mais de 10 mil motociclistas morreram no trânsito. Para alguns, as mortes podem ter relação direta com a quantidade de motos em circulação, que aumentou exponencialmente nos últimos anos por causa do baixo preço – algumas são vendidas em prestações mensais de até R$ 100.

Pela proposta de Zarattini, as motos ficarão proibidas de transitar entre as faixas de carros, nos chamados “corredores”, a menos que os automóveis estejam parados e, nesse caso, em velocidade reduzida, sem colocar em risco a segurança de veículos e pedestres. O texto restaura a proibição que constava do código, mas acabou vetada pela Presidência da República em favor da maior agilidade de deslocamento.

FONTE: Agência Câmara