Brasil Novo Notícias

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Embarcação que seguia com óleo para Altamira afunda na Baía do Guajará


A embarcação carregada de óleo diesel que seguia para Altamira, sudoeste do Pará, afundou na baía do Guajará em Belém.

A mancha de óleo logo se espalhou em parte da baía. A embarcação está submersa desde ontem, 30/09. É um rebocador usado para empurrar balsas na região.

A embarcação que seguiria para Altamira, estava carregada com 10 mil litros de óleo diesel. Ainda não se sabe a quantidade de combustível que foi parar no rio.

A área foi isolada e uma rede de contenção tenta evitar que o óleo se espalhe.

A empresa responsável pelo rebocador foi notificada. A embarcação deve ser içada ainda esta semana.

Fonte: O XIngu

PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA BRASIL NOVO ADEREM À GREVE DO ESTADO




Reportagem: Gleyson Araújo
http://www.tvcidadebrasilnovo.com.br/

Período do defeso do peixe Tambaqui começou

Chico Pescador e seu tambaqui de 40 quilos
          (Foto: Marcos Silva/Cedida) 
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Começou nesta terça-feira (1º) o período do defeso da espécie de peixe tambaqui em toda a bacia amazônica. De acordo com a portaria, nesta época fica proibida a pesca, transporte, armazenamento e venda do peixe. O período é necessário para reprodução da espécie.
Até dia 31 de março só podem ser vendidos peixes da espécie que são criados em viveiros e aqueles que possuem a declaração de armazenagem expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Durante o período, equipes de fiscalização do Ibama realizam diversas operações. Quem for pego praticando as ações proibidas está sujeito a pagar multa que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20,00 por quilo de pescado apreendido.
Nos próximos meses novas espécies devem entrar no período do defeso.
A partir do dia 15 de novembro oito peixes estão protegidas: Jatuarana, Pacú, Pirapitinga, Aracú, Curimatá, Branquinha e Fura-calça. Em dezembro estão no defeso o Acari e o Pirarucú. Eles ficarão proibidos por seis meses.
Redação Notapajos

Professor desaparece quando fazia caminhada em mata de área indígena


professor desaparecido
Um professor de séries iniciais desapareceu no último domingo (29) quando fazia caminhada dentro de uma reserva indígena no município de Parauapebas, sudeste paraense. Ele lecionava na reserva Xikrin do Kateté, na área rural da cidade e que fica a 140 quilômetros da rodovia PA-279, que liga Xinguara à cidade de Água Azul do Norte.
Antônio Regivan Almeida Reinaldo, 38 anos, natural do Maranhão, estava na aldeia com um grupo de professores quando saiu por volta das 17h de domingo para sua caminhada rotineira e não retornou. De acordo com Edilaílson Pereira de Souza, professor de história municipal e amigo da vítima, Antônio costumava voltar da caminhada para o alojamento antes de anoitecer, o que acabou não acontecendo.
Imediatamente um grupo de professores e índios da reserva saiu em busca de Antônio Regivan, mas sem sucesso. Eles acionaram então a Prefeitura Municipal de Parauapebas, o Corpo de Bombeiros, a Funai, a Guarda Florestal e a Vale na intenção de obter apoio e localizar o professor desaparecido.
"A informação que recebemos do Corpo de Bombeiros é que eles não têm o equipamento necessário para ir atrás dele, pois a área é muita densa e de muita mata fechada", disse Edilaílson Souza.
Ainda de acordo com o professor Edilaílson, a Vale se prontificou a enviar um helicóptero para auxiliar nas buscas, mas não houve muito sucesso justamente pelo fato de a área ser de difícil acesso. "Não sabemos o que realmente aconteceu e estamos muito preocupados. Já se passaram 48 horas e ainda nenhum sinal dele, tememos pelo pior", declarou o amigo da vítima.
(Diário do Pará)

BRASIL NOVO: Acidente entre duas motos em frente à Escola Criança Esperança




Reportagem: Gleyson Araujo
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terça-feira, 1 de outubro de 2013

MULHERES COM BUNDA GRANDE VIVEM MAIS E SÃO MAIS INTELIGENTES. VOCÊ CONCORDA?


Segundo uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oxford, ter as nádegas de um tamanho considerável previne o desenvolvimento de diabetes. Por sua vez, determinaram que as mulheres que possuem um traseiro grande e cintura fina, são mais inteligentes que o restante.

O corpo feminino acumula gordura em muitas partes, como os seios, o abdômen ou as pernas, mas muitas garotas guardam grandes reservas nos glúteos, algo que tem mais vantagens do que poderiam imaginar.

Os cientistas analisaram e compararam a gordura do abdômen feminino com as das pernas, cadeiras e nádegas, encontrando que a gordura proveniente da parte baixa do corpo das mulheres previne o desenvolvimento de diabetes, graças à quantidade e tipo de hormônios que contém. Estas gorduras produzem hormônios que ajudam a metabolizar açúcares e outros lipídeos de forma mais fácil, ao contrário da gordura abdominal que segrega hormônios com o efeito contrário.

De qualquer forma, não se trata de que as mulheres devam comer a mais. O benefício do traseiro avantajado é determinado pela genética, portanto ainda não é possível alterar o bumbum por meio de hábitos alimentícios.

Outras descobertas similares, que fazem pensar que as mulheres com traseiros grandes são capazes de viver mais e melhor, são os realizadas pelas universidades de Califórnia e Pittsburgh. Pesquisadores destas instituições descobriram que as mulheres desbundantes e com largas cadeiras, mas com cinturas finas, são mais inteligentes que as demais.

A inteligência destas voluptuosas garotas, deve-se aos ácidos graxos Omega 3 que se acumulam ali e que intervêm no desenvolvimento do cérebro. Os pesquisadores analisaram dados de 16 mil mulheres, concluindo que ao comparar as medidas da cadeira com a cintura, a proporção ideal resulta de 0.6 e 0.7.

O professor Konstantinos Manolopoulos, quem encabeçou a equipe da Universidade de Oxford, assegura que as mulheres com mais gordura nas nádegas têm níveis menores de colesterol e glicemia. Ter um grande traseiro também favorece os níveis de leptina no corpo feminino. A leptina é um hormônio que se encarrega de regular o peso; bem como a dinopectina, hormônio com efeitos antiinflamatórios, vasculoprotetores e anti-diabéticos.

O tecido adiposo dos glúteos grandes prende as partículas gordas daninhas e evita padecimentos cardiovasculares. Outros interessantes resultados destas pesquisas foram que, ao que parece, os filhos nascidos de mães com cadeiras mais largas são intelectualmente superiores aos filhos de mães menos voluptuosas.

Fonte: Cronica.ar

BRASIL NOVO: SEMUTS REALIZA ENCONTRO DE CASAIS

1º Encontro de Casais realizado pelo
Governo de Brasil Novo
O Governo Compromisso Com o Povo, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Promoção Social de Brasil Novo Oeste do Pará, realizou no último sábado (31), um Encontro de Casais, (o 1º realizado pelo governo municipal). Durante o encontro, que aconteceu no Centro de Convivência do Idoso, foi realizada uma palestra com a Psicóloga Carla Farias o como objetivo de orientar os casais para uma boa convivência e fortalecimento dos vínculos familiares. Com uma ornamentação temática, o encontro contou com a presença de casais de diferentes idades.

o casal, Antônio Barroso e Josilene
Para o casal, Antônio Barroso e Josilene, o encontro foi muito importante, porque além de proporcionar um momento de lazer, serviu como forma de orientação para melhorar a convivência com a família – “A gente convivendo com outras pessoas a gente aprende mais e pode levar esses conhecimentos para o nosso dia-dia para fortalecer o convívio dentro de casa entre nós (o casal) e nossos filhos sabendo respeitar ainda mais unas aos outros entendendo os limites de cada um.” – afirmou o casal.

Zezé Biancardi SEMUTS e o Esposo Fernandinho
De acordo com Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social - SEMUTS, Zezé Biancardi, o encontro é uma das formas que a secretaria utiliza para o resgate dos vínculos familiares – “Brasil Novo tem muitas famílias de vínculos despedaçados e esse evento é de suma importância para o restabelecimento desses vínculos. Quero agradecer a toda minha equipe e à Prefeita Marina Sperotto por está dando esta oportunidade à essas famílias.” – agradeceu a Secretária.

Eliciane Barroso Zezé Biancardi SEMUTS Com
 o Esposo Fernandinho e a Prefeita Marina Sperotto
A prefeita Marina Sperotto esteve no encontro com os casais, e disse que o fato de eles estarem participando do encontro, demonstraram um ato de grandeza – “Quero parabenizar vocês pelo ato de coragem de participarem deste encontro, porque tem muitos casais querem participar e não se encorajam para isso. A família é a base de tudo e é por isso que procuramos fazer o melhor para atender a todas as famílias do nosso município.” – falou a Prefeita Marina Sperotto.

Psicóloga Carla Farias ministrando palestra com o tema
"Andando Juntos"
Diante dos altos índices de problemas constatados na vida conjugal, incluindo a parcela de divórcios que cresce a cada ano no mundo, o encontro de casais torna-se uma importante ferramenta para discutir a importância do relacionamento matrimonial e orientar os participantes a como enfrentar as crises que podem ocorrer durante o caminho.

O trabalho de fortalecimento dos vínculos familiares, faz parte do novo modelo de trabalho e promoção social através da unificação destes serviços sociais que é denominado de  Sistema de Fortalecimento de vínculos e faz parte deste novo modelo de trabalho o fortalecimento da base familiar.

Por: Valdemídio Silva
Fotos e Informações: ASCOM/PMBN

Depois de um impasse de cinco anos entre Governo Federal e Municipal, Prefeitura doa terreno ao IFPA


Finalmente o impasse de cinco anos entre Governo Federal e Prefeitura chegou ao fim. Os Governos resolveram se acertar quanta a questão do funcionamento do Instituto Federal do Pará em Altamira.

Na última sexta-feira, 27/09, o prefeito de Altamira, Domingos Juvenil, PMDB, oficializou a doação de terreno de 6 hectares ao IFPA. Testemunharam a entrega do terreno, parte dos servidores da instituição de ensino.

O terreno cedido pela prefeitura é o mesmo onde o instituto já atende os alunos, e que está embargado pela Defesa Civil por falta de infraestrutura adequada para os usuários.

Atualmente os estudantes assistem as aulas do IFPA em salas emprestadas na Universidade Federal do Pará, UFPA e escola Dairce Pedrosa Torres. Com a doação, o Governo Federal poderá investir os R$15 milhões de reais que estavam parados, por conta do impasse, na ampliação do instituto na região.

Sobre o pedido do Ministério do Desenvolvimento feito ao terreno da União, que hoje abriga a fábrica de blocretes, o prefeito de Altamira classificou como "inadequado", uma vez que o local emprega 60 pessoas. A declaração foi feita na prestação de contas realizada ontem na Câmara Municipal de Altamira.

Fonte: O Xingu




Fonte: Anapu em Foco

Em Altamira Índios discutem estratégias de proteção em áreas Ameaçadas

Região da bacia do rio Xingu está ameaçada pelo desmatamento. Índios, ribeirinhos, extrativistas e ambientalistas participaram do encontro.


Lideranças indígenas da bacia do rio Xingu estiveram reunidas neste fim de semana em Altamira, do sudoeste do Pará, para discutir estratégias de proteção para o corredor ecológico da região. A bacia é formada por terras indígenas e áreas de proteção ambiental que estariam ameaçadas pelo desmatamento e a construção de grandes projetos.
Cerca de 80 lideranças indígenas de 25 etnias do Pará e do Mato Grosso participaram do encontro, entre caciques, guerreiros Caiapó, ribeirinhos, extrativistas, ambientalistas e pesquisadores. De acordo com um dos organizadores do evento, Marcelo Salazar, a área em questão está sendo ameaçada.
“A finalidade desse evento é discutir o futuro das áreas protegidas do Xingu. A bacia do rio Xingu é uma área única com 28 milhões de hectares de áreas protegidas, então, mais de 50% da área da bacia está protegida e o futuro destas áreas está ameaçado e tem uma diversidade socioambiental a ser preservada”.
Segundo as lideranças dos povos do Xingu, estas áreas estariam sobre forte ameaça por causa do desmatamento indiscriminado e da construção de grandes obras, como hidrelétricas e rodovias, que podem causar grandes impactos as populações tradicionais, como afirma o presidente da Terra Indígena Xingu, Winti Kisêdjê.
“Está tendo muita ameaça hoje, muitos empreendimentos, principalmente na cabeceira do Xingu. Estão sendo construídas pequenas barragens de hidrelétrica e também chegando muito desmatamento para plantio de soja e construção de várias rodovias”, disse Kisêdjê.
Entre as lideranças que participaram do encontro estava o cacique Raoní, líder indígena internacional. Ele criticou os impactos ambientais que a usina de Belo Monte deverá ocasionar pelo barramento do Xingu às comunidades que vivem do rio.
O pesquisador, Philip Feanrside, chamou atenção dos participantes do evento para as mudanças climáticas que podem acontecer nos próximos anos, depois da construção de grandes obras na Amazônia. “No caso de Belo Monte em si, as pessoas que estão sendo expulsas pela obra, a população ribeirinha, também tem impactos na cidade de Altamira, que vai ter praticamente um quarto da cidade inundada, então tem que ter novas moradias, o que já está causando problemas sociais muito graves”.
Os indígenas também puderam visitar uma exposição fotográfica com uma mostra da cultura dos 25 povos do Xingu, desde o contato com o homem branco até os dias atuais.
Gonte: G1/PA

Mototaxista é baleada e colegas fazem protesto

(Foto: Cláudio Darwich)
Cerca de 40 mototaxistas fizeram um protesto na tarde desta segunda-feira (30), na avenida Almirante Barroso, próximo atravessa Enéas Pinheiro, no bairro do Marco, em Belém. A manifestação foi para pedir justiça e mais segurança no trabalho da categoria, após uma mototaxista ter sido baleada na manhã de ontem.
Ana Cristina dos Santos Barbosa, de 37 anos, foi surpreendida por dois assaltantes quando passava pela rodovia Transcoqueiro. Na ação dos criminosos, a mototaxista levou um tiro no pescoço. Ela foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) e segue internada. Os mototaxistas que participaram do protesto informaram que ela corre risco de ficar tetraplégica.
De acordo com o presidente da Associação de Mototaxistas da Vila Sorriso, Demétrios Souza, os profissionais querem mais segurança. “A nossa categoria trabalha qualquer hora do dia e estamos expostos aos riscos. Nos vemos obrigados a seguir com medo, pois temos que trabalhar para sustentar nossas famílias”, diz.
Ainda no domingo (29), dois suspeitos foram presos e levados até o Hospital Metropolitano para que a vítima fizesse o procedimento de reconhecimemento. “Ela (Ana Cristina) está muito debilitada e não tem condições de reconhecer os assaltantes, por esse motivo eles foram liberados. Mas têm moradores que viram o assalto e afirmam que um deles estava envolvido”, conta Demétrios.
 O DOL tenta contato com o HMUE para saber o estado de saúde da vítima. 
(DOL)

Professores não fecham acordo e continuam em greve

(Foto: Jader Paes)
Nenhum acordo foi firmado durante a audiência realizada na tarde desta segunda-feira (30), entre a comissão dos professores da rede estadual do Pará e representantes da Secretaria de Estado deAdministração (Sead). A reunião ocorreu na sede da Sead, no bairro do Marco, em Belém.
Segundo a coordenadora da executiva Belém do Sindicato dos Trabalhadores emEducação Pública do Pará (Sintepp), Mônica Ewerton, o governo do Estado não quer negociar. “O governo não faz novas propostas e continua com a mesma postura perante as nossas reivindicações, o que significa que querem que a greve continue”, declarou Mônica.
Os trabalhadores pedem a implantação da jornada de trabalho e do Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR), além de outros benefícios para a categoria. Outra audiência foi marcada para a tarde da terça-feira (1º), também na sede da secretaria, para uma nova discussão.
MANIFESTAÇÃO
A categoria programa um ato público a partir das 9h de terça-feira (1º), na Praça Pedro Teixeira, bairro da Campina, em Belém. Na quarta-feira (2), os servidores da educação se reúnem em assembléia para avaliar novamente as propostas do governo.
FONTE: (DOL)

SEMA descobre esquemas fraudulento que escoava madeira de 52 empresas

(Foto: Octavio Cardoso/Diário do Pará)

Confirmando informação divulgada semana passada pelo Diário do Pará – em duas notas da coluna Repórter Diário –, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado revelou a descoberta de uma megafraude envolvendo um plano de manejo numa área de cinco mil hectares, no município de Anajás, na ilha do Marajó.


Neste caso do Marajó, a empresa Tecnoflora, recebeu da Sema, no ano passado, autorização para a retirada de 150 mil metros cúbicos de madeira. Segundo José Alberto Colares, secretário de Meio Ambiente, o projeto foi aprovado porque a empresa respondeu a todas as exigências jurídicas, técnicas e fundiárias estabelecidas pela legislação. “Tecnicamente, a empresa estava em situação legal e apta a explorar (o plano de manejo)”, afirmou o secretário.

O problema não aconteceu, portanto, conforme alega o titular da Sema, na aprovação do plano de manejo, mas na sua operação. A empresa, que estava autorizada a retirar e comercializar 150 mil metros cúbicos de madeira, só atuou em cerca de 5% da área, conforme viria a descobrir a fiscalização de campo. E, ainda assim, a pouca madeira retirada da floresta continuava no chão – o que significa dizer que a Tecnoflora não tinha mesmo o propósito de comercializar a sua produção.

Ao invés de fazer isso, a empresa passou a simplesmente vender papéis, procedimento comum na longa cronologia das fraudes relacionadas com a extração ilegal e a comercialização clandestina de madeira no Pará desde a segunda metade do século passado. Esses papéis, as chamadas Guias Florestais, foram abastecer nada menos que 54 indústrias madeireiras, que os utilizaram para esquentar os estoques de madeira de origem desconhecida mantidos no pátio.


SATÉLITES

Para detectar a fraude do Marajó, e outras em curso, foram utilizados os recursos da sala de monitoramento, em funcionamento desde o ano passado, e as fiscalizações de campo da Sema. A sala de monitoramento permite à secretaria acompanhar, pela análise de imagens de satélites, as operações dos projetos de manejo. Quando são detectados sinais de anormalidade, o pessoal sai para uma inspeção in loco. Foi o que aconteceu no projeto da Tecnoflora, numa área de difícil acesso e para onde os fiscais tiveram que viajar a bordo de um helicóptero.

A Secretraria notou uma intensa movimentação de venda de créditos de madeira por parte da Tecnoflora, o que sugeria um ritmo muito forte de produção. A partir de junho, quando as imagens de satélite passaram a ganhar mais nitidez por causa das condições climáticas favoráveis e da menor presença de nuvens, o pessoal da sala de monitoramento percebeu, com espanto, que não havia na área movimentação compatível com o volume de créditos comercializados. Uma inspeção no campo campo comprovou a utilização de mecanismo fraudulento.

Segundo a Secretaria, tanto a Tecnoflora quanto as 52 indústrias madeireiras envolvidas na fraude foram autuadas e tiveram bloqueadas as suas operações. Agora, terão prazo de 15 dias para apresentar defesa na esfera administrativa. Depois o caso será encaminhado ao Ministério Público, que tomará as medidas cabíveis para punição dos acusados na esfera criminal.

A reportagem do DIÁRIO tentou contato com a Tecnoflora, por telefone, sem sucesso.

Metade da produção é ilegal no Pará

Por volta de 2006, o parque industrial madeireiro em operação no Pará consumia em torno de 6 a 7 milhões de metros cúbicos de madeira por ano. Como não houve, até onde se sabe, nenhuma redução drástica do consumo, pode-se presumir que esse volume esteja valendo também para os dias atuais - mesmo sem considerar a pressão de demanda exercida pelo crescimento, nesse período, da massa populacional, potencialmente consumidora de produtos florestais.

Contrariando essa lógica, o volume anualmente aprovado pela Sema, segundo dados de 2012 e que devem permanecer praticamente inalterados em 2013, varia entre 3 e 3,5 milhões de metros cúbicos por ano, o que corresponde à metade do consumo presumido. E de onde vem a outra metade? Segundo o secretário da Sema, muito provavelmente de mecanismos fraudulentos, como o que acaba de ser detectado agora.

Ele informa que as coisas estão bem mais complicadas para os fraudadores. Além da sala de monitoramento, mantendo com ela estreita articulação, atuam hoje dentro da Sema a Polícia Federal, o Ibama, o serviço de inteligência da polícia estadual, o Ministério Público Federal e o Estadual, além de ONGs que atuam na vigilância contra o desmatamento. “No passado, a Sema só agia quando o Ibama ia lá e detectava uma irregularidade. Hoje, nós nos antecipamos e estamos aptos a atuar preventivamente”, acrescentou.

José Alberto Colares reconheceu que o mercado clandestino de madeira é em parte responsável pela crise que se abateu de forma pesada sobre o setor no Pará. “Nós temos clareza de que a indústria que trabalha dentro da legalidade não tem condições de competir com aquelas que trabalham na clandestinidade e que se utilizam de recursos fraudulentos”, finalizou.