A Divisão de Homicídios da Polícia Civil já iniciou as
investigações para esclarecer as circunstâncias da morte do sargento da Polícia
Militar Marcos Rak. Ele foi morto após ter reagido a uma tentativa de assalto
na Folha 22, bairro Nova Marabá, na tarde da última segunda-feira (18). Da
mesma forma, os policiais da Divisão de Homicídios de Belém já começaram os
trabalhos para elucidar também as mortes de Allyson Sousa de Carvalho e Erisson
Neves de Melo, suspeitos de cometerem o latrocínio contra o sargento Marcos Rak. Os dois teriam sido mortos
por integrantes de um grupo de cerca de 20 homens.
Eles teriam entrado no hospital municipal de Marabá e efetuado
perfurações e cortes nos acusados, que recebiam atendimento na unidade de
saúde. Esses foram alguns dos esclarecimentos que agentes da Secretaria de
Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) repassaram durante coletiva
de imprensa, nesta terça-feira (19), no auditório do Comando de Policiamento
Regional 2. O superintendente da Polícia Civil em Marabá, delegado Marcelo
Delgado, juntamente com o comandante regional da PM, coronel Almério Moraes,
detalharam a ação que vitimou o sargento que há 18 anos integrava a corporação
militar.
Estiveram presentes ainda os coronéis Roberto da Silveira e Sérgio
Fialho, e o titular da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca),
delegado Alexandre Nascimento, que repassou o andamento das investigações
relacionadas à fazenda Cedro. “A Polícia Civil já estava investigando o caso da
morte do sargento Rak, quando soube, por volta das 3h30 desta terça, da morte
dos dois bandidos acusados de trocar tiros com o militar”, disse o
superintendente da Polícia Civil.
A polícia já ouviu, em depoimento, oito testemunhas relacionadas
aos dois inquéritos instaurados. As imagens do circuito interno do hospital
ainda serão analisadas, caso haja condições técnicas. Questionado sobre a
possível participação de policiais militares na morte dos dois homens que
estavam no hospital, o delegado Marcelo Delegado alegou que “nenhuma hipótese
está descartada, mas vamos aguardar as investigações dos policiais de Belém, da
Divisão de Homicídios”. O corpo do sargento Marcos Rak foi trasladado para a
cidade maranhense de Imperatriz, onde será sepultado. A PM cuidou não apenas
deste transporte, mas de todos os serviços sociais, como apoio psicológico aos
familiares.