Os Agentes Comunitários de Saúde começam a utilizar o aplicativo para celular, para ajudar na busca por crianças e adolescentes fora da escola. A iniciativa faz parte da Campanha “Fora da Escola Não Pode!” do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Desenvolvida por meio de diversas frentes de atuação, a iniciativa procura conscientizar diferentes atores responsáveis pela inclusão escolar, e também a sociedade, sobre o problema da exclusão escolar e sugerir ações para chegar a uma solução.
A Busca Ativa Escolar é uma das estratégias do Fora da Escola Não Pode! para ajudar os municípios a combater a exclusão escolar. A Prefeitura Municipal de Brasil Novo aderiu ao programa da Unicef e formou um Comitê local, sob a coordenação da SEMUTS, através do CRAS, com parceria da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Para implementar esta estratégia a coordenadora do Comitê Gestor Loca, Andreia Santana, participou da reunião dos ACS, nesta terça-feira, (30/04), onde explicou como funciona o sistema de alerta via Aplicativo de Celular e entregou o Manual dos Agentes Comunitários para implantação da estratégia. “É muito fácil é só baixar o aplicativo no seu celular” informou Andreia. Nesta primeira etapa a Secretaria de Saúde irá cadastrar os agentes comunitários para usarem o aplicativo e eles terão o prazo até 15 de junho, para começar a fazer os alertas.
Andréia Santana informou que o papel do agente, nesta estratégia, é simplesmente localizar a criança e sua família, e através do aplicativo, fazer o alerta. A partir daí entra uma equipe técnica que irá identificar porque esta criança ou adolescente não está indo para escola e buscar os meios para garantir o retorno dela à vida escolar.
Conforme explicou Andreia, a criança pode não estar frequentando uma escola por vários motivos.
1. Adolescente em conflito com a lei;
2. Criança ou adolescente com deficiência(s);
3. Criança ou adolescente com doença(s) que impeça(m) ou dificulte(m) a frequência à escola;
4. Criança ou adolescente em abrigo;
5. Criança ou adolescente em situação de rua;
6. Criança ou adolescente vítima de abuso/violência sexual;
7. Evasão porque sente a escola desinteressante;
8. Falta de documentação da criança ou adolescente;
9. Falta de infraestrutura escolar;
10. Falta de transporte escolar;
11. Gravidez na adolescência;
12. Preconceito ou discriminação racial;
13. Trabalho infantil;
14. Uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas;
15. Violência familiar;
16. Violência na escola;
A partir deste levantamento serão definidas as Políticas Públicas de Assistência Social, ou de saúde que irá garantir a matricula e a volta e a permanência. “Cumprindo estas ações de reduzir o índice de crianças fora da escola até 2021, o Município irá receber o Selo Unicef. A obtenção deste Selo abre portas para a Prefeitura receber financiamentos do BNDES que só são liberados se estiver em dia com as questões relacionadas a criança e adolescentes”, explicou Andreia.
Por: Luis Henrique Silveira
Fotos: Cleyton Macário e Marcelo Araújo