Lista Suja
foi atualizada nesta quinta-feira (5)
Foto: Divulgação |
No Cadastro de
Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de
escravo aparecem o dono de uma fazenda do km 195, zona rural de Uruará a 40 km
da faixa, flagrada com 9 trabalhadores no mês de março deste ano em situação de
trabalho análogo a escravidão está incluída na lista. O dono de uma fazenda do
km 170 norte a 35 km da faixa flagrada com 8 trabalhadores envolvidos conforme
decisão administrativa de procedência do mês de março de 2023. Mesma situação
do dono de uma fazenda no km 160 norte a 10 km da faixa, com 10 trabalhadores
envolvidos que estavam em situação semelhante a trabalho escravo, também no mês
de março de 2023.
Em Medicilândia (PA)
aparece na lista o dono da propriedade rural Sítio Castanhal, vicinal do dois e
meio, flagrado com 2 trabalhadores em situação de trabalho análogo a escravidão
também está incluída na lista em maio de 2022, assim como o dono de outro
estabelecimento rural também na vicinal do dois e meio, onde 5 trabalhadores
estavam em situação análoga a de trabalho escravo.
Esse é o maior número
já registrado de entradas de pessoas físicas e jurídicas na base de dados
criada em novembro de 2003, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Com a atualização, o
cadastro totaliza 473 empregadores autuados nos últimos anos e incluídos após
exercerem o direito de defesa em duas instâncias na esfera administrativa.
Lançada há
20 anos, no primeiro governo Lula, a lista é atualizada semestralmente com a
entrada e a saída de nomes – a última atualização foi em abril. Ela seguiu em
vigência durante a gestão Jair Bolsonaro e, segundo as Nações Unidas,
representa um dos principais exemplos globais de combate à escravidão
contemporânea.
Dentre as atividades
econômicas mais comuns entre os empregadores incluídos na atual versão da lista
suja, estão a produção de carvão vegetal (23), a criação de bovinos para corte
(22), os serviços domésticos (19), o cultivo de café (12) e a extração e
britamento de pedras (11). Minas Gerais é o estado que com maior número de
empregadores incluídos, com 37, seguido por São Paulo (32), Bahia e Piauí (14),
Maranhão (13) e Goiás (11).
Dos 204 novos
empregadores, três são restaurantes de comida japonesa no município de São
Paulo. Confira a
relação completa neste link.
Sobre a ‘lista suja’ do
trabalho escravo
Prevista em portaria
interministerial, a “lista suja” inclui nomes de responsabilizados em
fiscalização do trabalho escravo, após os empregadores se defenderem
administrativamente em primeira e segunda instâncias.
Os empregadores –
pessoas físicas e jurídicas – permanecem listados por dois anos.
Fonte: Repórter Brasil
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