O delator Milton Pascowitch, peça crucial da Operação Pixuleco - 17.º capítulo da Lava Jato que prendeu o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) -, declarou à Polícia Federal que uma propina de R$ 532,7 mil paga em espécie para o PT teve origem nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). O dinheiro, segundo Pascowitch, saiu da empreiteira Engevix e entregue por ele ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, 'aproximadamente em novembro de 2011'.
O sócio da Engevix Engenharia Gerson de Mello Almada já havia revelado em depoimento dia 6 de abril de 2025 à Polícia Federal que Pascowitch recebeu R$ 2,2 milhões por ter feito lobby para contratação da empreiteira nas obras de Belo Monte. Pascowitch afirmou ter pago outros R$ 10 milhões em propina viva na sede do PT em São Paulo, valor oriundo de contratos da Petrobras.
Sobre os R$ 10 milhões, o delator disse que 'em duas ocasiões houve entrega para uma portadora de Vaccari, Márcia'. Segundo Pascowitch, os valores repassados ao ex-tesoureiro do PT eram devolvidos à Jamp Engenheiros por contratos de prestação de serviços que não foram realizados com a Engevix. "Pagamento semelhante teria ocorrido, ressaiu Milton, quanto à obra de Belo Monte", diz relatório do Ministério Público Federal. "Neste caso a Engevix teria repassado R$ 532.765,05, os quais foram entregues pelo colaborador a Vaccari, em espécie, na sede do PT em São Paulo, aproximadamente em 11/2011."
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