Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
Os
dados mais recentes divulgados pela Vigilância em Síndromes Gripais do
Ministério da Saúde mostram que, até o dia 13 de abril, 3.012 pessoas morreram
e mais de 560 mil casos foram confirmados.
Nos
casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave somaram 13.681, onde foi necessária
a hospitalização, sendo 40% em decorrência da covid-19.
O
médico Estêvão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, destaca
que atualmente os números repassados pelo Ministério da Saúde não têm
informações detalhadas sobre a mortes como aconteceu no pico da pandemia, como
informações sobre idade, se eram pessoas com vacinação incompleta ou com
comorbidades, por exemplo. Mas o médico explica que as potenciais vítimas de
covid-19, que podem evoluir para óbito, ainda estão agregadas em dois grupos.
"Nós
temos notado, na nossa prática diária aqui, os dois grandes grupos de risco
para a evolução para óbito: são os indivíduos muito idosos, com muitas
comorbidades, ou então mesmo indivíduos mais jovens, mas imunossuprimidos severos.
Esses pacientes, na maioria das vezes, tomaram as vacinas - não
necessariamente, todas as doses. Mas eles não conseguem manter um nível
prolongado de imunidade, devido às suas próprias debilidades".
O
infectologista fala da necessidade de se manter o reforço da vacinação em dia,
não só para esses dois grupos, mas também para quem não está incluso neste
perfil, como jovens saudáveis; que podem acabar tendo a chamada covid longa,
que é a manifestação prolongada de sintomas e sequelas da covid. Essas pesssoas
também podem se tornar agentes de contaminação para outras do grupo de risco no
seu entorno.
"Elas
podem desenvolver esse caso severo, mesmo que não evoluam para o óbito. Elas
agora estão começando a ter inclusive, pessoas jovens saudáveis, a chamada
covid longa, e mais aquelas pessoas que estão no convívio com os grupos de
risco, elas devem se proteger para protegê-los. Porque geralmente as pessoas
que estão indo para os hospitais - internando-se em CTI e, às vezes, morrendo -
não foram elas que foram buscar o vírus, trouxeram para elas de alguma
forma".
Várias
capitais brasileiras vêm registrando falta de vacinas em seus estoques, algumas
com contingente populacional representativo, como São Paulo, Recife e Curitiba.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que não há desabastecimento de vacinas para
covid-19 no país e que doses pediátricas e doses monovalente e bivalente para
adultos estão disponíveis em grande parte dos estados.
O
Ministério da Saúde informa ainda que 12,5 milhões de doses da vacina
atualizada (que protege contra a cepa XBB.1, uma sub variante da ômicron) serão
distribuídas nas próximas semanas para todo o país. A compra foi feita por
licitação na última sexta-feira (19). Segundo a pasta, esta foi a primeira vez
que duas empresas concorrentes disputaram o fornecimento de vacinas contra a
covid-19 no Brasil e isso gerou uma economia de R$ 100 milhões.
O
Ministério da Saúde continua com as mesmas recomendações para proteção contra o
vírus: manter o esquema vacinal atualizado contra covid-19, além do uso de
máscaras para todos, principalmente em ambientes de aglomeração, ou que tenha
baixa renovação do ar. É recomendada também a testagem para quem está com
sintomas gripais e algo que o brasileiro vem abandonando no seu cotidiano e que
foi uma das primeiras recomendações de proteção: o uso do álcool em gel.
Fonte:
Radioagência Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário