Operação do Ibama e da Funai tenta expulsar garimpeiros da Terra Indígena BAU, entre Novo Progresso e Altamira no Pará. Segundo a informação de indígenas, no mínimo 7 escavadeiras usadas para a extração do ouro foram destruídas na operação. Os Garimpos do Coringa foram alvo de destruição.
O
combate ao crime ambiental, exige preparo dos agentes do Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sempre preveem que
enfrentarão algum tipo de resistência. Mas no domingo (06), a situação foi
ainda mais grave, eles foram recebidos a tiros numa operação contra o garimpo
na Terra Indígena BAU, no Pará.
Dois
helicópteros participavam da ação, conforme relatos via áudio de liderança, os
indígenas pediam para os helicópteros pousarem para dialogarem com os agentes,
contudo, a recusa resultou em alguns disparos de arma de fogo efetuados por
indígenas contra uma aeronave. Não houve danos maiores. A operação continua com
destruição de balsa e equipamentos de garimpos.
A
Fiscalização estava em busca de escavadeiras hidráulicas usadas pelos
garimpeiros.
Ainda
conforme informações que chegaram ao Jornal Folha do Progresso, não houve troca
de tiros com os agentes em terra. Ninguém foi ferido!
Desde
o ano passado, Funai e Ibama articulam uma parceria para expulsar os
garimpeiros das reservas, indígenas contrários a permanência de garimpos em
suas terras, bloquearam a rodovia BR-163 pedindo ao governo a retirada de
garimpeiros.
Garimpeiro
morador de Novo Progresso relata operação em um grupo de WhatsApp do Jornal
Folha do Progresso.
Vejam
relatos de garimpeiro Fabio de Novo Progresso
“Minha
pc foi queimada hoje. A sensação é horrível, sensação de fraqueza por não poder
fazer nada. Sensação de tristeza por tomar um prejuízo tão alto. Poxa eu vivo
no mato trabalhando, sou honesto, arrisco minha vida todos os dias no meio do
mato, tem pessoas que dependem de mim, somos trabalhadores honesto. Muito
lamentável a vontade que dá é de perder a paciência, pois é muito triste ver
seu esforço ser destruído por um bando de covardes”.
Fonte:
Folha do Progresso
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