Moradores
pedem que autoridades descubram o responsável por atear o fogo, que segundo
eles, iniciou em um pasto
Foto: Reprodução |
"Tocaram
fogo no pasto agora, tem que aparecer o vagabundo que tocou fogo! Olha a casa
da minha irmã como tá", relata uma testemunha.
"E
agora quem é que vai pagar os prejuízos?"
A
cena de destruição foi registrada no Travessão 4 Bocas. Segundo os moradores,
quatro imóveis foram consumidos pelas chamas, entre eles, uma oficina, e não
foi possível salvar praticamente nada. Quando o fogo começou, os vizinhos
começaram a gritar e quem estava no imóvel saiu com a roupa do corpo.
"Olha
gente, isso aqui é a oficina do Caetano aqui nos 4 Bocas. Não deu para salvar
nada, nada, nada, nada, gente!", registra outro morador.
Na
comunidade, que fica a cerca de 70 km do porto da balsa, vivem famílias de
produtores rurais que dependem do que plantam e da criação de animais para
sobreviver. Por ser mais prática, a madeira é a base das construções, e por
serem desse material, as casas das vítimas do incêndio foram consumidas em
poucos minutos.
Familiares
das vítimas acreditam que o fogo tenha sido provocado por faíscas de uma
queimada em um pasto vizinho. Eles ainda tentam descobrir quem foi o
responsável e prometem procurar as autoridades.
"O
que a gente queria era ou a justiça, ou a polícia tentasse descobrir,
realmente, quem é o culpado, porque um lugar daquele ali, uma agrovila daquela
ali, o pessoal bota fogo em mato e tudo, até na cidade mesmo. E assim é o
preocupante, as pessoas em um verão desse, do jeito que está quente, colocarem
fogo sem se preocupar em quem vai atingir.", afirma uma agricultora.
A
preocupação da moradora diz respeito ao calor excessivo que tem sido registrado
na região, com temperaturas acima de 35º e sensação térmica de 40º, 41º
diários, além da baixa umidade, tornando o clima seco e agrava a situação de
queimadas.
Outro
caso semelhante também foi registrado na região, nesta terça-feira (15). Quatro
imóveis comerciais e um residencial foram consumidos pelas chamas em Anapu, no
sudoeste paraense, após faíscas de uma queimada em um terreno do outro lado da
BR-230 serem levadas pelo vento.
O
caso está sendo investigado pela polícia, e assim como na Comunidade 4 Bocas,
na Gleba Assurini, ninguém ficou ferido. O aquecimento global tem sido a causa
provável de incêndios florestais em diversas partes do planeta. Com o calor
extremo, a mata fica seca e qualquer faísca rapidamente se torna uma queimada.
Nos
últimos dias, a imprensa mundial vem contando as vítimas do incêndio florestal
que perdeu o controle no Havaí, onde até agora 106 pessoas morreram
carbonizadas. A ilha americana está sendo devastada pelo fogo que começou na
mata e se espalhou chegando à área urbana.
Ruas,
prédio, o cenário é de destruição, e as autoridades ainda não sabem quando os
focos serão contidos. Meteorologistas, e até a Organização das Nações Unidas
(ONU) já tinham alertado sobre o risco das altas temperaturas para o planeta,
até agora, 2023 tem sido o ano mais quente da história, mas a previsão é que
até 2030 a temperatura do planeta suba pelo menos mais 1º.
"A
preocupação é isso, descobrir quem foi porque as pessoas têm que se
conscientizar, que não pode fazer isso, tá colocando fogo, principalmente em
área que tem casa próximo, área que tem mato e casa próxima, porque ninguém
controla depois que acende.", finaliza um morador.
Fonte:
Confirmanotícias
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