Banco que assumir os negócios da instituição britânica deve manter serviços aos clientes
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Segundo Sindicado dos Bancários, HSBC vem fechando agências na CapitalFoto: Diego Vara / Agencia RBS |
Após anunciar a
venda de suas operações, o HSBC emitiu
uma nota em
que explica que o banco "está em processo de venda e não de encerramento
de suas operações" e que seguirá "operando normalmente e, mesmo
após a venda, seguirá prestando serviços aos seus clientes".
Mas
o que muda na prática para correntistas, funcionários e clientes? Veja a
resposta desta e de outras perguntas abaixo:
Como ficam os correntistas pessoa física
com a decisão do HSBC?
Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o banco que
adquirir os ativos do HSBC à venda no país também vai receber os correntistas
e, com eles, herda o contrato de prestação de serviços para os clientes. Como
em outros casos de fusão e aquisições no setor bancário no país, a migração vai
ocorrer gradualmente e todas as etapas devem ser comunicadas aos clientes. Vale
lembrar que, em um primeiro momento, não há razão para temor dos correntistas,
informa o Idec, porque o HSBC está deixando o país por uma questão de
estratégia, e não de problemas financeiros que gerem risco aos clientes. Mesmo
assim, todas as contas correntes e aplicações até o limite de R$ 250 mil
(poupança, renda fixa, CDI, capitalização, entre outros) estão garantidos por
meio do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
A mudança altera direitos dos clientes?
É
importante o consumidor ter conhecimento que todos as condições contratuais que
foram estabelecidas anteriormente permanecerão vigentes. O banco que assumir a
carteira de clientes e negócios do HSBC responderá juridicamente pelos acordos
firmados. Com isso, em caso de descumprimento de oferta ou quebra de contrato,
o Código de Defesa do Consumidor continua garantindo os direitos, e os
consumidores que se sentirem lesados devem procurar o Banco Central e o Procon
de sua cidade para solução do problema.
Os clientes do HSBC são obrigados a migrar
para o banco comprador?
Não.
Existe a portabilidade bancária no país. Se o cliente ficar insatisfeito, pode
levar a sua conta, financiamento, seguros, investimentos etc. para outro banco.
A economista Ione Amorim, do Idec, ressalta que é importante não tomar decisão
precipitada e aguardar o processo de incorporação para avaliar o perfil do
banco e os serviços que oferece.
Boletos
emitidos pelo HSBC sofrem alteração?
Depois
da migração, serão incorporados pelo novo banco. Antes, nada muda. Todo o
processo de incorporação terá um tempo para substituição dos documentos
emitidos pelo banco.
O que ocorre com os cartões de crédito dos
correntistas?
Isso ainda vai depender da estratégia do banco comprador. Como é um banco
internacional, pode ocorrer a manutenção das bandeiras atuais com o nome do
banco em razão da sua atividade no Exterior. É semelhante ao que acontece com
os cartões American Express, por exemplo, administrados pelo Bradesco.
Como ficam as folhas de pagamento que são
de responsabilidade do HSBC?
A
questão é o mesma. O banco que adquirir os ativos do HSBC assume, também, os
contratos firmados com empresas e instituições publicas, como é o caso das
folhas de pagamento do funcionalismo, que são licitadas. Se o cliente ficar
descontente, posteriormente pode fazer a migração da conta-salário para outra
instituição.
Como ficam os bancários que hoje trabalham
no HSBC?
Isso vai depender da estratégia do banco comprador, mas em regra negócios desta
natureza levam ao enxugamento no número de agências e desligamentos por
superposição de funções.
Como vai funcionar o HSBC durante a
transição?
As
agências seguem funcionando normalmente enquanto ocorre a incorporação
gradativa das operações e os clientes deverão ser comunicados sobre mudanças no
número das contas, cartões etc., manutenção ou não de agências. Não há prazo
definido para esta migração acontecer por completo. O Goldman Sachs, contratado
para assessorar o HSBC no negócio, teria até agosto para definir a melhor
oferta.