A Polícia Civil montou uma força-tarefa para acelerar o trabalho de
investigação e chegar aos culpados pelos assassinatos de sete pessoas e
pelas seis tentativas de homicídio registrados na cidade de Altamira, no
sudoeste do Pará, na noite do dia 17 e madrugada do dia 18.
Uma das mortes foi a do cabo da Polícia Militar
Anderson Martins de Holanda, alvejado em um estabelecimento comercial no
bairro Bela Vista. Um grupo de doze policiais civis, entre delegados,
investigadores e escrivães, está em campo desde a última quarta-feira,
quando integrantes da Divisão de Homicídios e do Núcleo de Inteligência
de Polícia se deslocaram de Belém para Altamira.
Segundo o delegado Vinícius Sousa Dias, foi traçada uma estratégia de
atuação para melhor apurar a quantidade de informações provenientes dos
crimes ocorridos em bairros e horários diferentes. “Dividimos nossas
atuações pelo volume de dados e informações para serem processadas.
Estamos em diligências interruptas”, informou o delegado. “Por enquanto,
nada será descartado. Temos que ter cuidado na apuração dos fatos, pois
existem várias linhas de investigação em curso”, frisou.
Os homicídios serão investigados individualmente e, em seguida, as
informações serão cruzadas para avaliar a relação (ou não) entre os
crimes. As apurações podem levar a muitos desdobramentos, uma vez que há
indícios de várias motivações para os crimes cometidos, dentre eles
antigos desentendimentos e questões extraconjugais. Sem revelar nomes e
adiantar detalhes, a polícia trabalha também com possíveis “acertos” por
conta do tráfico de drogas.
Diligências – Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Civil concedeu
entrevista à imprensa de Altamira e falou das ações desencadeadas. As
seis vítimas de tentativa de homicídio já foram ouvidas e continuam
internadas no hospital municipal São Rafael e no Hospital Regional da
Transamazônica. Cinco estariam estáveis e uma sexta pessoa havia passado
por procedimento cirúrgico. A Polícia Civil continua o trabalho de
levantamento dos antecedentes criminais das vítimas em diversos bancos
de dados.
Inicialmente, nenhuma delas tem passagem pela polícia. “Vamos continuar
nossas pesquisas em bancos de dados, de outros Estados ou do Poder
Judiciário, para verificar a possível existência delitos cometidos
dessas vítimas”, afirmou o delegado Vinícius de Sousa. Ainda na
quarta-feira (18), foram montadas duas equipes, uma para levantar
informações nos locais dos crimes e outra baseada na Seccional de
Altamira, para formalizar as diligências e demais providências relativas
aos delitos, como necropsia.