Operação mirou em propriedades nos municípios de Novo Repartimento, Palestina do Pará e Pacajá
Foto: Polícia Federal |
Durante as ações, a equipe de policiais realizou
várias oitivas de trabalhadores e responsáveis pelas áreas, para averiguar as
condições de trabalho oferecidas aos empregados. O intuito principal foi
assegurar o fornecimento de requisitos mínimos para que os funcionários
trabalhem com dignidade e segurança.
“Foram constatadas diversas irregularidades
trabalhistas, tais como trabalhadores sem registro e assinatura de CTPS, bem
como ausência de exames médicos admissionais, não fornecimento de EPIs, dentre
outras irregularidades. O trabalho análogo à escravidão é um crime de
elevado impacto negativo humano e social”, diz nota emitida pela PF nesta
quinta-feira (15).
“Num estabelecimento, os policiais identificaram
péssimas condições de higiene no alojamento; dormitório compreendido por uma
casa de madeira compartilhada por homens e mulheres, sem porta de separação
entre os cômodos; grandes frestas entre as tábuas (as quais permitiam o
ingresso de animais peçonhentos, inclusive foi localizada uma aranha
caranguejeira no alojamento); água para consumo proveniente de poço, sem
garantia de potabilidade; sem a presença de banheiro condizente com as
necessidades humanas, sendo necessário que os trabalhadores realizassem suas
necessidades fisiologias no mato; não havia local adequado para a armazenagem e
acondicionamento de alimentos, tendo os trabalhadores que “salgarem” as carnes
para poder conserva-las, além de deixá-las expostas ao ambiente e à
contaminação”.
O crime investigado foi de reduzir alguém
à condição análoga à de escravo (art. 149 do Código Penal). As
investigações seguem e os trabalhadores foram acolhidos. A PF não deu mais
detalhes sobre o local onde as vítimas foram resgatadas e se houve prisões ou
multa.
Fonte: O Liberal
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