Mudanças
na oferta global do produto impactam preços para o consumidor
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FOTO: © FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL |
Josivaldo
Dias da Silva, gerente comercial da Bahia Cacau, primeira fábrica de chocolate
da agricultura familiar do Brasil, explica como funciona esse aumento. Segundo
ele, por se tratar de uma commodity, o cacau tem o preço estipulado pelo
mercado internacional, pela bolsa de valores de Nova York. Isso significa que
qualquer alteração na produção mundial irá afetar o valor do produto no Brasil.
"Gana
e Costa do Marfim, que são os grandes produtores de cacau hoje do mundo,
respondem a quase com 50% da produção do cacau mundial, sendo que o cacau hoje
é produzido na Ásia, na África e na América do Sul, principalmente no Brasil,
uma parte na Bolívia e uma parte na Colômbia", afirma.
Denilson
Lima, economista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
(SEI) e responsável pelo boletim da cesta básica, explicou que, para os
produtores, esse tem sido um bom período.
"Os
produtores estão tendo lucros significativos. E é importante assinalar que, em
um passado não muito distante, esses produtores estavam tendo prejuízos. Os
preços do cacau levaram muito tempo em baixa", afirma.
De
acordo com Denilson, a falta do cacau para produção de chocolate tem feito com
que a indústria pesquise mais o uso de ingredientes sintéticos ou do alfarroba,
que tem um sabor semelhante ao do cacau. Contudo, isso só trará resultados a
longo prazo.
Por:
Bruna Ferraz/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
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