A
Polícia Civil do Pará prendeu agora à tarde a ex-procuradora do
município de Tucuruí, sudeste do Estado, Gláucia Rodrigues Brasil
Oliveira. Ela é acusada de envolvimento no crime de roubo e
receptação de veículos. Na última sexta-feira (8), o marido de
Gláucia, o major da Polícia Militar Leonardo do Carmo Oliveira,
também foi preso.
A
prisão do major Leonardo do Carmo, a princípio, não tem
nenhuma ligação com as acusações contra sua mulher. O militar
teria sido preso pela acusação de assassinato. Ele estaria
envolvido na morte de uma testemunha de um processo judicial
relacionado a uma reintegração de posse no município de Pacajá,
sudoeste do Pará.
Segundo
fonte do Blog em Tucuruí, o militar trabalhava como segurança do
prefeito afastado do município, Artur Brito (PV).
A
prisão preventiva da advogada foi decretada pelo juiz da Vara
Criminal de Tucuruí, José Leonardo Frota de Vasconcellos Dias. O
magistrado é o mesmo que mandou prender a mãe de Artur Brito,
Josenilde Silva Brito, a Josy, no dia 30 de outubro deste ano. Josy
Brito é acusada de ser a mandante do assassinato do então prefeito
da cidade, Jones William da Silva Galvão, no dia 25 de julho de
2017.
Gláucia
Brasil é a mesma advogada que chegou a ser detida no dia da prisão
de Josy Brito. Ela teria tentado impedir o trabalho de jornalistas de
uma emissora local de TV, que fazia a cobertura de uma megaoperação
da polícia na cidade e registrava a chegada do prefeito Artur Brito
à delegacia. O prefeito tinha sido notificado para prestar
esclarecimentos no processo que apura a morte de Jones William.
Advogada
acusa perseguição da polícia
A advogada foi presa em Belém,
assim como o marido Leonardo do Carmo. Segundo o que já foi
publicado em portais de notícias da região, além da questão do
roubo e receptação de veículos, Gláucia Brasil estaria sendo
investigada por possível envolvimento em ilícitos na Prefeitura de
Tucuruí.
O
jornalista Diógenes Brandão, do blog As Falas da Polis, de Belém,
informou há pouco que a advogada alega perseguição dos delegados
Romeu Santos e Washington Santos. Os dois atuam na Superintendência
da Polícia Civil de Tucuruí. Prints de conversas no WhatsApp, em um
grupo da OAB, que supostamente teriam sido mantidas por Gláucia
Brasil, acusam armação por parte da polícia.
A
ex-procuradora de Tucuruí teria tentado um habeas corpus preventivo,
mas foi negado pela Justiça. Ela nega qualquer envolvimento nos
crimes dos quais está sendo acusada e diz que vai pedir a prisão do
delegado Washington Santos.
Por:
Blog do João Carlos
