Cachoeira Seca foi homologada em 2016 após 30 anos de espera; região foi afetada pela Usina de Belo Monte.
Cachoeira Seca foi homologada em
2016, depois de 30 anos de espera. A terra indígena do povo Arara já havia sido
reconhecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai), mas aguardava a posição do
Ministério da Justiça. Com o projeto da Usina de Belo Monte, a homologação
passou a ser pré-requisito para a liberação do governo federal. A região foi
muito afetada pela construção.
Antes disso, já estava sob forte
pressão de madeireiros. Em relatório de 2014, o Instituto Socioambiental (ISA)
fazia uma estimativa “conservadora”, segundo a entidade, de que o equivalente a
R$ 400 milhões em madeira teriam sido roubados ─ ipês, jatobás e
angelim-vermelhos, cujo mercado principal costuma ser as indústrias no Sul e
Sudeste.
Mesmo com a oficialização da terra, a
região ainda é alvo de invasões e constante perda de floresta. Ela está
localizada próxima à Altamira, cidade mais desmatada do Brasil, com 4,7 mil km²
entre 2019 e 2020.
Terras
afetadas
No total, o Brasil teve 381,4 km²
perdidos por desmatamento em terras indígenas de julho de 2010 a agosto de
2020. Em comparação com o mesmo período anterior, ocorreu uma queda de 23%. O
número entre 2018 e 2019, no entanto, foi o recorde da série histórica.
1. Cachoeira Seca (Pará)
2. Apyterewa (Pará)
3. Ituna/Itatá (Pará)
4. Trincheira Bacajá (Pará)
5. Munduruku (Amazonas e Pará)
6. Kayapó (Pará)
7. Urubu Branco (Mato Grosso)
8. Manoki (Mato Grosso)
9. Karipuna (Rondônia)
10.
Terena
Gleba Iriri (Mato Grosso
As cinco terras indígenas mais
desmatadas estão no Pará. O dado condiz com a área total de floresta perdida no
país neste ano: dos nove estados que formam a Amazônia Legal, o estado
registrou quase metade de todo o desmatamento.
Fonte: G1
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