Joaquim Álvaro Pereira
Leite, que já trabalhava na pasta sob o comando de Salles, foi nomeado pelo
presidente como novo ministro do Meio Ambiente
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados |
Em dois anos e seis meses, Ricardo Salles teve
uma gestão marcada por tensões com parlamentares, organizações
não-governamentais e países estrangeiros. O ministro também enfrenta um
processo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que é acusado de relação
com esquema de desvio de madeira ilegal.
Em breve discurso, Salles disse que cumpriu, ao
longo de 2 anos e meio, as orientações do presidente Jair Bolsonaro.
"Procurando colocar em prática, a orientação que foi colocada pelo senhor
presidente da República Jair Bolsonaro desde o primeiro dia de governo.
Orientação essa que foi de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e
preservação do Meio Ambiente", disse.
A saída do ministro foi
oficializada em edição extra do Diário Oficial da União, com a nomeação de Joaquim Álvaro Pereira Leite como novo ministro do Meio Ambiente.
Ele já atuava na pasta, como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais,
tendo chegado ao governo já sob a gestão de Ricardo Salles.
Segundo o currículo oficial do
novo ministro, ele iniciou a sua carreira profissional como produtor de café,
tendo sido por 23 anos conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB), entre
1996 e 2019.
O ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, durante reunião das Comissões de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável e de Viação e Transportes, na Câmara dos DeputadosFoto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
No governo Bolsonaro,
iniciou a trajetória como diretor do Departamento Florestal. No posto, que exerceu
entre julho de 2019 e abril de 2020, era responsável, entre outras coisas, pelo
combate ao desmatamento ilegal.
Passagem pela pasta
Ricardo Salles afirmou
que sua gestão incluiu uma prioridade para a agenda ambiental urbana, com
políticas voltadas ao saneamento básico. Ele citou também a atuação em relação
aos parques. E, sem citar as investigações que questionam isso, afirmou que
atuou para fortalecer órgãos de fiscalização, Ibama e ICMBio.
O agora ex-ministro
afirmou que as medidas que adotou sofreram "contestações" na Justiça
por motivações políticas e o que vê como resistências às políticas do
presidente Jair Bolsonaro. Salles confirmou, assim como consta no Diário
Oficial, que deixa o Ministério "a pedido".
Por:
Guilherme Venaglia,
da CNN, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário