Segundo a Polícia Federal, o alvo dos mandados já havia sido investigado na 57ª fase da Lava Jato, mas com o andamento das apurações, essa nova ação foi necessária para buscar mais provas.
A Operação Sem Limites investiga a negociação de combustível marítimo entre a Petrobrás e companhias estrangeiras. Um acordo de colaboração premiada firmada com um dos executivos ligados a uma dessas empresas teria esclarecido a participação do acusado. Segundo os relatos desse colaborador, ele teria recebido cerca de US$ 2,2 milhões entre 2009 e 2015 para favorecer uma das empresas estrangeiras nessas negociações, e teria também repassado parte da propina a outros integrantes do esquema.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, existem indícios de que outras empresas estrangeiras também teriam pago vantagens indevidas ao ex-agente público relacionadas a operações de compra e venda de combustíveis marítimos. A Polícia Federal afirmou que segue nas investigações para identificar e responsabilizar os suspeitos de atentarem contra a estatal que foi vítima de articulações criminosas.
Os mandados da Operação Sem Limites V foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Os investigados responderão pela prática, dentre outros, dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro.
Em nota, a Petrobras informou que trabalha em estreita colaboração com as autoridades que conduzem a Operação Lava Jato, e reforçou que a companhia é reconhecida pelo próprio Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal como vítima dos crimes desvendados. A empresa disse que está colaborando inclusive em relação aos fatos investigados na Operação desta quinta-feira, e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 18 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 71 ações penais.
Por: Raquel Júnia
- Rio de Janeiro
Fonte:
Radioagência Nacional
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