A Polícia Federal de Altamira apreendeu 19 sacolas com peixes da espécia Pirá Tamanduá que seriam transportados ilegalmente no aeroporto do município.
Os
animais estavam com três mulheres que tentavam embarcar com destino à Manaus.
Uma conseguiu fugir e as outras duas foram presas e estão sendo ouvidas pelo
delegado.
Pirá
Tamanduá
A
campanha para o salvamento do Pirá teve início em dezembro de 2015, com a
captura de reprodutores e matrizes no rio Paracatu, no Alto São Francisco em
Minas Gerais, única região da bacia hidrográfica onde a espécie ainda era
encontrada. Após a construção de grandes barragens no leito do São Francisco,
como a de Sobradinho, ela havia desaparecido das regiões do Médio e Baixo São
Francisco.
Exemplares
adultos do Pirá, o peixe-símbolo do “Velho Chico”, foram encontrados na região
do Baixo São Francisco, entre os estados de Sergipe e Alagoas, após campanha
encabeçada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf) para salvamento da espécie, considerada em extinção.
Segundo
a Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da empresa, esse
reaparecimento se deu cerca de um ano após a soltura de peixes juvenis no rio.
“A reprodução do Pirá na região tem ocorrido apenas artificialmente, em
laboratório. O risco de extinção permanece, especialmente porque as condições
que dificultam a reprodução ainda estão presentes. Mas o fato de terem
aparecido na pesca denota que os exemplares soltos no rio encontraram condições
satisfatórias para se desenvolverem”, explica o engenheiro de pesca Albert
Rosa, analista da Codevasf.
É
tão específico da região da bacia do rio São Francisco que ganhou até uma
citação no Anexo I da Instrução Normativa no 5, do Ibama, que tornou sua
captura e comercialização proibidas.
Fonte:
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