Os dados são das Tábuas de Mortalidade 2019, do IBGE, que também revelou maiores expectativas de vida para pessoas com 60 anos ou mais
Crédito: Reprodução Agência Pará. |
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga as Tábuas Completas de Mortalidade 2019 para o Brasil e todos os estados da federação. O Pará está em 11º lugar na lista das maiores taxas de mortalidade infantil, mas, assim como o restante do país, vem conseguindo aumentar as chances de uma pessoa com 60 anos ou mais chegar ou passar dos 80 anos.
As regiões Norte e Nordeste continuam tendo a maioria de seus estados entre as maiores taxas de mortalidade infantil, sendo o Amapá o que está em pior situação com índice de 22,6 (a cada mil recém nascidos, 22,6 não chegam ao primeiro ano de vida), seguido de Rondônia (18,8 a cada mil) e Maranhão (18,6). O Pará é o 11º dessa lista: a probabilidade de um recém nascido paraense não completar o primeiro ano de vida é de 15,2 em mil (a média no Brasil ficou em 11,9). Ainda no Pará, a taxa de mortalidade para meninos é de 17,3, enquanto para meninas é de 13.
O estado com menor taxa de mortalidade infantil é o Espírito Santo, na região Sudeste, com taxa de 7,8, seguido do Paraná e de Santa Catarina, no Sul do país, com 8,2 e 8,4 respectivamente.
Quanto à esperança de vida ao nascer, o Brasil ficou com uma média de 76,6 anos, sendo os estados do Maranhão (71,4 anos), Piauí (71,6 anos) e Rondônia (71,9 anos) os de menores expectativas de vida no Brasil. Nessa lista, o Pará aparece em sétimo lugar com 72,7 anos.
O Pará está entre os estados com maior diferença de expectativas de vida entre homens e mulheres: 8,1 anos. Isso significa que meninos nascidos no Pará vivem, em média, 8,1 anos a menos do que as meninas. Espera-se que um menino nascido no Pará viva 68,9 anos (5ª pior posição no ranking nacional, sendo a média nacional de 73,1 anos), enquanto as meninas devem viver cerca de 77 anos (sexta posição no ranking dos estados com menores expectativas, sendo a média nacional para mulheres 88,1 anos).
Idosos: mais expectativa de vida
Já as chances de uma pessoa com 60 anos chegar aos 80 vem aumentando em todo o país, desde a década de 80. No Pará, por exemplo, a cada mil pessoas que tinham 60 anos em 1980, apenas 375 fariam aniversário de 80 anos. Em 2019, verificou-se que, a cada mil, 531 pessoas (mais da metade!) chegam aos 80.
Nesse quesito, os números para o Brasil são os seguintes: 344 pessoas (a cada mil) com 60 anos, em 1980, chegariam aos 80 anos de idade; enquanto, em 2019, 604 em mil chegarão a completar 80 anos.
No Brasil, uma pessoa que alcançou 60 anos em 2019 deve viver mais 22,7 anos. Sendo homem, deve ter mais 20,7 anos; sendo mulher, mais 24,4 anos pela frente. No Pará, uma pessoa com 60 anos tem expectativa média de mais 20,7 anos, baixando para 19 anos se for homem e subindo para 22,5 se for mulher.
Em 2019, no Brasil, um indivíduo que alcançou 65 anos deve viver, em média, de 83,9 anos no total. Para homens, a projeção é que vivam até 82,2 anos. Sendo mulher, 85,4 anos. No Pará, as projeções foram as seguintes: pessoa com 65 anos de idade viveria 82,2 anos. Para os homens, espera-se que cheguem aos 80,6 anos. Sendo mulher, deve chegar aos 83,7 anos.
Tábua
A importância desse trabalho de projeção realizado pelo IBGE está na possibilidade de que se conheçam os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira. Os dados da Tábua de Mortalidade têm sido utilizados como um dos parâmetros para determinação do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores do Regime Geral de Previdência Social.
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