Brasil Novo Notícias

terça-feira, 7 de março de 2017

GARIMPO PERTO DE BELO MONTE TERÁ MAIS REJEITOS QUE MARIANA

Exploração de ouro vai acumular nas margens do Rio Xingu resíduos mais agressivos que os da mineração de ferro 

O projeto de mineração de ouro que a empresa canadense Belo Sun pretende operar nas bordas da barragem de Belo Monte, hidrelétrica em construção no Rio Xingu, no Pará, vai produzir um volume de rejeitos superior àquele que vazou no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Em novembro de 2015, o vazamento de 32 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro foi a maior catástrofe ambiental do País. 
O projeto da Belo Sun, previsto para extrair ouro a uma distância entre 10 e 15 quilômetros da barragem que forma o lago da hidrelétrica, prevê o acúmulo de até 35,43 milhões de metros cúbicos de rejeitos. O empreendimento, que em seus estudos ambientais classifica como de “alto risco” a possibilidade de “rompimento da barragem de rejeitos”, vai guardar nas margens do Xingu pilhas de estéreis químicos bem mais agressivos que aqueles retirados da mineração de ferro. 
A mineração de ouro da Belo Sun, que hoje está suspensa por liminar judicial devido a problemas fundiários, será feita com o uso de dinamites e abertura de “cavas”. Por causa da proximidade com a barragem, a concessionária Norte Energia, dona de Belo Monte, afirmou em 2015 que havia necessidade de avaliar “potenciais aspectos sinérgicos” que poderiam surgir da operação conjunta da usina e da mineração. 
Entre os itens destacados pela empresa, conforme nota técnica do Ibama de julho de 2015, estava a necessidade de avaliar o “potencial de sobrecarga socioambiental” na região e, principalmente, a “sismicidade, devido ao uso de explosivos durante o tempo de exploração da mina”. 
No início deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará enviou questionamentos ao Ibama para saber se o órgão tem acompanhado esses estudos. Na resposta enviada ao MPF no dia 31 de janeiro, à qual tivemos acesso, o Ibama deixa claro que não tem ideia do que está se passando. 
“Até o presente momento o Ibama não participou nem foi instado a participar de reunião técnica com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará para discutir os impactos cumulativos ou sinérgicos entre a hidrelétrica de Belo Monte e o projeto de mineração Belo Sun”, afirmou o diretor substituto da diretoria de licenciamento do órgão, Jonatas Souza da Trindade. 
Apesar de toda a pressão que o projeto da Belo Sun trará sobre uma região já impactada pelas obras da maior hidrelétrica do País, o licenciamento ambiental da mineração é responsabilidade do governo paraense. 
Questionada sobre os estudos de riscos de abalo sísmico nas estruturas da usina, a Norte Energia limitou-se a informar que “já declarou posição sobre esse assunto em fórum próprio e no momento adequado” e que “não vai comentar o tema na reportagem”. 
Impacto. Para André Villas-Bôas, secretário executivo do Instituto Socioambiental (ISA), o projeto repete os erros de outros empreendimentos erguidos na região amazônica, ao desrespeitar o processo de licenciamento ambiental, principalmente quanto aos impactos em terras e populações indígenas. O governo do Pará ignorou parecer técnico da Funai contrário à liberação do empreendimento e deu sinal verde para a sua viabilidade. “Novamente esses povos que são vulneráveis são deixados em uma situação de fragilidade sobre os impactos de uma obra como essa, a exemplo do que aconteceu com Belo Monte”, disse Villas-Bôas. 
Em nota, a Belo Sun afirmou que o estudo de avaliação das detonações “foi elaborado por um engenheiro de minas especialista neste tema” e protocolado na Semas em abril de 2013, constatando que não há risco a Belo Monte. 
“O Projeto Volta Grande fica distante cerca de 15 km do barramento de Pimental da hidrelétrica. Além disso, as detonações do Projeto Volta Grande para abertura da cava de onde será retirado o minério, por exemplo, serão pontuais e controladas pelo programa de controle de ruído e vibração, previsto no licenciamento ambiental”, declarou a empresa. 
A Belo Sun afirmou ainda que foi elaborado um “plano de fogo”, para que a quantidade de explosivos que será detonada fique “dentro dos limites exigidos para que não haja comprometimento de pessoas e das estruturas do próprio empreendimento”. Segundo a Belo Sun, “a possibilidade de que as vibrações geradas pelas detonações venham a comprometer a estabilidade do barramento Pimental (de Belo Monte) é praticamente nula, dada à distância e o controle que será implementado”. 
A empresa informou que pretende investir R$ 1,22 bilhão, com produção de cerca de 4,6 mil quilos de ouro por ano. 

Fonte: O Estadão

FUNAI ABRE OPORTUNIDADES PARA ESTAGIÁRIOS NO PARÁ


Visando a abertura de vagas imediatas e formação de cadastro de reserva de estagiários, a Fundação Nacional do Índio (Funai) abriu, nesta segunda-feira (07), novo processo seletivo.

As oportunidades de estágio remunerado são para estudantes de nível médio, médio/técnico e superior, com lotação em diversos municípios brasileiros. No Pará, os selecionados preencherão vagas em Altamira, Marabá, Itaituba e Redenção. 


Para jornada de 20h semanais, o estagiário de nível superior terá direito à bolsa no valor de R$ 364,00, e o de nível médio no valor de R$ 203,00. Para jornada de 30h semanais, o de nível superior receberá R$ 520,00, e o de nível médio de R$ 290,00. Todos receberão auxílio transporte de R$ 6,00 por dia.

Interessados podem se inscrever no período entre os dias 8 e 19 de março de 2017, no site da empresa organizadora. 

O processo de seleção constará de etapa única composta por prova on-line de caráter classificatório e eliminatório, composta por 30 questões de Língua Portuguesa, Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos. 

Será automaticamente reprovado o candidato que obter nota igual a zero em alguma disciplina da prova. 

A publicação da classificação final está programada para o dia 23 de março de 2017. Após a homologação do resultado final, o seletivo será válido por 12 meses, admitida sua prorrogação.

Fonte: DOL
Foto: Xingu230

AGÊNCIA DOS CORREIOS É ALVO DE ASSALTANTES EM PLACAS

Na tarde desta segunda-feira (06), por volta das 16h, dois elementos armados de revolveres, de acordo com informações é um baixo branco de camisa rosa e outro moreno alto de camisa azul e sandália, ambos de calça jeans.
Segundo informações repassadas a nossa equipe de reportagem, eles fugiram em uma motocicleta bros de cor vermelha, informações essas prestadas pelo gerente da Agência dos Correios.
Ainda de acordo com o gerente dos correios os meliantes passaram cerca de uma hora dentro da agência, segundo ele o cofre só abre depois de 45 minutos de lançada a senha, os vagabundos levaram em torno de R$: 60.000,00.
As Polícias Civil e Militar estão fazendo todo um trabalho de investigação para capturar esses dois indivíduos.

Por: Denis Araújo (correspondente)
Fonte: Xingu2340

HOMICÍDIO E BALEAMENTO NA SAÍDA DA VICINAL 20 EM BRASIL NOVO

Por volta das 22:30 horas desta segunda-feira 06, a polícia militar de Brasil Novo foi acionada via telefone, informando de que teria acontecido um homicídio e um baleamento na saída da vicinal 20, à 20 km da cidade de Brasil Novo, sentido Medicilândia. Uma guarnição da PM deslocou-se até o local e constatou o ocorrido. 
Jorge Braga da Silva, vítima do baleamento, informou aos policiais que ao saírem da vicinal da 20, já no asfalto da Transamazônica, no desvio, um carro Gol Branco encostou neles e um dos ocupantes, utilizando-se possivelmente de uma espingarda, disparou contra os dois. José Ribamar Martins morreu no local. Após o crime, os acusados fugiram em direção a Medicilândia. Samu de Brasil Novo foi acionado e conduziu o baleado para hospital. A Polícia Civil e IML foram acionados para tomarem as devidas providências.  
Por: Gleyson Araujo www.tvcidadesbt.com.br

Conheça e saiba quem pode participar do Programa Nacional de Crédito Fundiário

Quem pode participar do Programa Nacional de Crédito Fundiário? 

Podem participar do PNCF trabalhadores e trabalhadoras rurais, filhos de agricultores familiares ou estudante de escolas agrotécnicas. Os potenciais beneficiários devem ter renda familiar anual variando entre R$ 9mil até R$ 30 mil e patrimônio entre R$15 mil e R$ 60 mil, dependendo da linha acessada. Devem ainda comprovar mais de 5 anos de experiência rural nos últimos 15 anos. 

Existem outras condições para participar do PNCF? 

Sim, o agricultor não pode ser funcionário público, nem ter sido assentado ou ainda ter participado de algum programa que tenha recursos do Fundo de Terras da Reforma Agrária. Quem tiver sido dono de imóvel rural maior que uma propriedade familiar, nos últimos três anos ou tenha direito de ação e herança em imóvel rural também não pode ser atendido pelo Programa. 

Como é a escolha da terra? 

Se você tem o perfil do Programa, o próximo passo é procurar uma propriedade cujo dono tenha interesse em vender pelo valor compatível com o de mercado. O proprietário deve apresentar o título legítimo e legal da propriedade, além de vários outros documentos que comprovem que o imóvel não tem irregularidades e que o pagamento dos impostos estão em dia. 

Quais são as condições do Financiamento? 

O valor máximo do empréstimo é de R$ 80 mil com juros de até 2% ao ano, sendo: 0,5% para a linha Combate a Pobreza Rural, para agricultores inscritos no CAD-Ùnico; 1,0% para linha Nossa Primeira Terra, voltada para jovens rurais entre 18 e 29 anos; 2,0%, para os demais beneficiários. O pagamento é efetuado em até 20 anos, incluídos três de carência. Os pagamentos em dia e a terra negociada abaixo do preço recebem descontos de até 50%. O programa disponibiliza ainda um recursos de R$ 7.500,00, exclusivo para a contatação de Assistencia Técnica e Extenção Rural (Ater), por cinco anos, com parcelas anuais de até R$ 1.500,00 por beneficiário. 

Proposta de Financiamento 

Após a escolha da terra, é hora de elaborar a proposta de financiamento com a ajuda de uma entidade de ATER credenciada. Reuna informações sobre o imóvel, os investimentos que precisam ser feitos, os produtos que pretende produzir e a gestão da produção. Procure uma UTE, STTR ou SINTRAF para obter mais informações. 

Crie e Registre a Associação 

Se você se enquadra nos critérios da Linha CPR, deve criar e registrar a associação, composta pelos beneficiários do Programa e por seus dependentes. O estatuto deve ser elaborado de forma que um dos objetivos da associação seja a compra de terras pelo PNCF e a definição sobre a divisão do imóvel após a conclusão dos pagamentos. 

Junte a documentação 

Com a proposta de financiamento, é necessário agora encaminhar à UTE todos os documentos exigidos. As despesas com cartório serão arcadas pelo Programa: É PROIBIDA QUALQUER COBRANÇA OU TAXA PARA A EXECUÇÃO DESTE SERVIÇO. 

Como é a Tramitação da Proposta? 

Primeiro, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) dá seu parecer sobre a proposta. Em seguida, vem a análise da UTE, que avalia a proposta, analisa documentos e faz a vistoria do imóvel. Então o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) analisa a proposta. 

Como é a Tramitação da Proposta? 

O passo final é o banco verificar a documentação da terra e das famílias. Após as análises, acontece a assinatura do contrato com o banco e o registro do Imóvel no Cartório de Registro de Imóveis. A próxima etapa é o pagamento do banco para o vendedor da terra, dos gastos com cartório e prefeitura. Já o dinheiro para os investimentos vai para uma conta bloqueada dos beneficiários. 

Fonte: MDA