Brasil Novo Notícias

sexta-feira, 23 de abril de 2021

MPF QUER INTERVENÇÃO FEDERAL NO PARÁ PARA DETER CONFLITO ENTRE GARIMPEIROS E INDÍGENAS EM JACAREACANGA E ENTORNO

Atos de violência de garimpeiros contra lideranças se sucedem e forças estaduais não demonstram capacidade de conter o conflito

A unidade do Ministério Público Federal (MPF) no Pará enviou ofício ao procurador-geral da República (PGR), em Brasília (DF), solicitando que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja acionado para declarar a violação de direitos humanos e requisitar a intervenção federal no estado para o estrito fim de garantir o provimento da segurança pública na região de Jacareacanga, com o objetivo de conter a escalada de ataques de garimpeiros contra lideranças indígenas, associações e, em última análise, o próprio povo Munduruku.

Desde o início de março de 2021, as invasões no território indígena vêm se intensificando e uma série de atos de violência têm sido cometidos por ação de grupo em defesa do garimpo ilegal, sobretudo contra a Associação de Mulheres Munduruku Wakoborũn, que se opõe historicamente ao garimpo ilegal, vocalizando a posição já reafirmada em inúmeras oportunidades pelo povo Munduruku. Os atentados ocorrem no perímetro urbano de Jacareacanga, onde existe uma guarnição da Polícia Militar, mas as autoridades estaduais não foram capazes de evitar ou conter os ataques. Na última quarta-feira, um motor de barco da associação foi furtado pelos garimpeiros.

O pedido para que seja iniciada ação de intervenção federal junto ao STF é feito depois do terceiro ataque consecutivo, em menos de um mês, por grupo em defesa do garimpo, integrado por não indígenas e minoria indígena. No final de março, o grupo favorável ao garimpo tinha destruído a sede da associação, e no domingo passado roubou combustíveis e outro motor de barco das indígenas. Todos os três ataques ocorreram na zona urbana de Jacareacanga.

Descontrole da segurança pública – O MPF vê uma situação de descontrole da segurança pública – responsabilidade do estado do Pará – que justifica a intervenção federal. Pela Constituição brasileira, a intervenção pode ser solicitada pelo PGR ao STF para que a União assegure a observância dos direitos da pessoa humana (art. 34, VII, ‘b’), dentre os quais por exemplo a vida e a liberdade associativa, os quais se encontram severamente violados em Jacareacanga/PA diante da ineficácia da atuação do Estado do Pará, “notadamente com a finalidade de fazer cessar o projeto sistemático de ataque aos direitos humanos titularizados, individual e coletivamente, pelo povo Munduruku”. O pedido foi enviado nesta sexta-feira (23), pelos procuradores da República que atuam no Pará, em ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

O documento narra a “perpetração contínua de atentados e represálias contra membros da etnia Munduruku que não concordam com a exploração minerária ilegal em seu território, assim como em desfavor das entidades indígenas representativas da comunidade, promovidos por garimpeiros e indígenas pró-garimpo que pretendem – a todo custo – reprimir qualquer oposição às atividades ilícitas de mineração no território Munduruku, havendo registros em vídeos e imagens, os quais aportam a todo momento neste órgão ministerial, reveladores da permanente e grave violação de direitos humanos, sem que tenha havido qualquer intervenção estatal minimamente efetiva e eficiente para solucionar o conflito”.

O MPF já abriu quatro investigações sobre os ataques dos garimpeiros, a partir do envio, pelas lideranças Munduruku, de denúncias e comunicados sobre a situação. Apesar do conflito com os garimpeiros já existir há alguns anos, “os últimos dias representaram inequívoca ruptura da dinâmica desafortunadamente estabelecida, o que revela inclusive a pretensão de instituição de ilegítimo Estado paralelo timonado por um grupo de pessoas caracterizado originalmente pela prática de crimes ambientais e, agora, por crimes de natureza profusa e diversa”, diz o ofício enviado ao PGR.

Para os procuradores da República que acompanham a escalada de violência na região de Jacareacanga, “a partir de 2019 especialmente, a gradual implantação de um programa estratégico de omissão por parte dos órgãos estatais quanto à tutela do meio ambiente e dos direitos tradicionais, notada e marcadamente a partir da instituição de uma antipolítica ambiental por parte do Poder Executivo Federal, provocou franco recrudescimento no contexto de violência”.

                       Imagens da violação em série de direitos:
helicoptero-suspeito-escolta-garimpo-ti-munduruku-marco-2021.JPG

Na primeira quinzena de março de 2021 foi identificada a chegada de maquinário pesado em território Munduruku em Jacareacanga, avançando pelo igarapé Baunilha em direção à bacia do rio Cururu, uma das bacias hidrográficas fundamentais para a garantia da vida indígena na região. Na região foi filmado um helicóptero suspeito de escoltar os criminosos. 
grupo-armado-ti-munduruku-filmado-19.03.2021.jpeg
Filmagem feita em 19/03/21 mostra pessoas armadas impedindo grupo indígena de desembarcar na área. O grupo que impede o desembarque é formado por garimpeiros ilegais e por uma minoria indígena aliciada pelos garimpeiros ilegais.

Destruicao_sede_Wakoborun_Jacareacanga-PA_25.03.2021.jpg

Em 25/03/21 o grupo pró-garimpo atacou a sede Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn, na zona urbana de Jacareacanga. A associação é contrária à mineração ilegal e o prédio da associação é de uso coletivo com outras organizações indígenas antigarimpo. Os vândalos destruíram a fachada e móveis do prédio, e colocaram fogo em documentos e outros materiais da associação. 
bloqueio_viatura_icmbio_jacareacanga_pa_11.04.2021.jpg
Em 11/04/21 o grupo de garimpeiros e representantes de uma minoria Munduruku aliciada por garimpeiros impediu que uma viatura do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) entrasse em Jacareacanga. A viatura fazia fiscalização contra a mineração ilegal em Floresta Nacional e Área de Preservação Ambiental na região. 
roubo_combustiveis_jacareacanga_pa_18.04.2021.jpg
Em 18/04/21, novamente na zona urbana de Jacareacanga, o grupo pró-garimpo roubou mais de 830 litros de combustível e um motor de barco pertencentes à Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn.

roubo_motor_barco_jacareacanga_pa_21.04.2021.jpg

Apesar de no dia anterior o MPF ter divulgado que os roubos poderiam voltar a ocorrer, em 21/04/21, também na zona urbana de Jacareacanga, o grupo pró-garimpo roubou mais um motor de barco da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn.

roubo_motor_barco_ti_munduruku_pa_21.04.2021.jpg

Ainda no dia 21/04/21 foi registrado outro roubo de motor de barco de liderança indígena antigarimpo. Desta vez o crime ocorreu em terra indígena.

JOVENS SÃO OBRIGADAS A CAVAR A PRÓPRIA COVA ANTES DE SEREM EXECUTADAS

As garotas, de 16 e 17 anos, teriam sido vítimas de uma guerra entre facções criminosas

Duas adolescentes foram barbaramente espancadas e depois forçadas a cavarem a própria sepultura por integrantes de uma facção criminosa. As jovens, de 16 e 17 anos, foram raptadas em Teresina, no Piauí, e levadas pelos executores para outra cidade, Timon, distante 13 quilômetros, já no estado do Maranhão. A morte das duas garotas teria sido motivada por uma guerra entre facções rivais que atuam nos dois estados.

As duas jovens foram vistas pela última vez na tarde do sábado (20), quando provavelmente foram sequestradas e levadas para o estado vizinho. segundo relato de familiares, elas saíram da casa de uma delas por volta das 15h e não voltaram mais. Uma terceira jovem estaria com elas.

No domingo pela manhã, o pai de uma delas procurou a Central de Flagrantes de Timon e registrou um Boletim de Ocorrência por desaparecimento. Horas depois recebeu a informação de que a filha tinha sido vista em Timon e que estaria morta. 

Simultaneamente, a polícia foi comunicada que um corpo havia sido encontrado em uma cova no Parque Aliança. Policiais militares, bombeiros, policiais civis e guardas municipais foram para o local e descobriram os dois corpos. Em seguida, o local foi periciado. 

O crime

Depois de agredidas brutalmente, as duas foram mortas e enterradas juntas, na mesma cova, em uma área localizada no Parque Aliança. Numa provável demonstração de força, os próprios assassinos das jovens fizeram circular um vídeo nas redes sociais que mostra as duas jovens cavando uma cova rasa, enquanto são interrogadas por um homem e uma mulher.

Também foram divulgadas fotos em que as duas, com as mãos e o rosto ensanguentados, fazem o símbolo da facção dos seus assassinos, e outra em que já aparecem mortas dentro da cova.

Investigação

O titular da Delegacia de Homicídios de Timon, Joelson Carvalho, disse que as mortes têm características de vinganças praticadas por grupos criminosos: “É típica de ‘tribunais do crime’ a maneira com que essas jovens foram assassinadas. Mas nas investigações nós percebemos que elas não tinham ligação com facções, possivelmente elas se envolveram com alguém que teria ligação e isso gerou essa barbárie”, contou o delegado.

Nenhum suspeito foi preso ou identificado, até o momento.


Fonte: O Liberal

POLÍCIA SEGUE INVESTIGANDO FURTO À SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DE BRASIL NOVO

Duas motos foram furtadas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Brasil Novo.

FOTO ILUSTRATIVA

O crime aconteceu no último dia 17 e no boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de do Município, o secretário Fernado Rocca relatou que os criminosos cortaram o cadeado do portão dos fundos do prédio e arrombando um portão de correr levaram duas das três motocicletas que estavam no interior do prédio da SEMMA. As motos furtadas são: Umas Honda/NXR160 BRS ESD 2015/2015, de cor branca e uma Honda/NXR150 BRS ESD 2014/2014 na cor preta.

Duas pessoas teriam participado da ação criminosa. Até o momento ninguém foi identificado e as Polícias Civil e Militar estão em diligência na tentativa de localizar e prender os acusados e recuperar as motocicletas.

Por: Valdemidio Silva

DNIT EMITE NOTA PÚBLICA SOBRE TRECHO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA QUE DESMORONOU

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) informa que:

  • A autarquia atua para garantir a trafegabilidade no segmento do km 584 da BR-230/PA, na região de Vitória do Xingu, com a maior brevidade possível;
  • O rompimento da rodovia ocorreu em aproximadamente 80 m de pista, mas comprometeu cerca de 400 m do pavimento. Com isso, será necessária a demolição e posterior reconstrução de grande parte do trecho, em função de instabilidade no local;
  • A partir da análise técnica, será implementada solução mais complexa e robusta de engenharia no local, para evitar a possibilidade de futuros rompimentos no segmento;
  • Levando em consideração essa complexidade, o DNIT atualmente está empenhando todos os esforços no desenvolvimento de projeto técnico que possa garantir uma solução adequada e segura à questão. O projeto será finalizado ainda este mês;
  • Após a finalização do projeto e liberação do orçamento, será realizada a contratação emergencial para as obras de contenção e de reconstrução do pavimento;
  • Atualmente está disponível desvio em boas condições, acrescentando cerca de 40km ao percurso, utilizando traçado de rodovias municipais existentes no local;
  • O prazo legal para conclusão das obras é de 180 dias a partir da decretação, ocorrida em 6 de abril deste ano. O DNIT atua para que a conclusão da obra ocorra antes desse prazo.Fonte: Portal A Voz do Xingu com informações da Ascom/DNIT

AUXÍLIO EMERGENCIAL: BENEFICIÁRIOS PODEM MOVIMENTAR DINHEIRO COM PIX

Confira como consultar o benefício

Leandro Sá/Agência Senado
A partir de 30 de abril, quem recebe o auxílio emergencial poderá movimentar o dinheiro do benefício usando o Pix (sistema de pagamento instantâneo). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Banco Central.

A liberação para uso do Pix será automática. Porém, a modalidade não poderá ser usada em transferências para outra conta do próprio beneficiário do auxílio. O Pix funciona 24 horas, todos os dias da semana, sem cobrar tarifas para usuários que sejam pessoas físicas.

O pagamento médio dessa rodada do auxílio emergencial é de R$ 250, mas os valores oscilam de R$ 175 a R$ 350. Neste ano, os depósitos começaram a ser feitos em abril e a previsão é repassar um total de R$ 44 bilhões aos beneficiários em quatro parcelas. No ano passado, o governo federal destinou R$ 293 bilhões ao programa.

Para consultar se tem direito ao benefício, basta acessar o aplicativo do benefício, no site da Caixa Econômica ou a página do Auxílio Emergencial

Por: Luísa Câmara – Rádio Nacional/Brasília

Fonte: Radioagência Nacional