Uruará (PA) — Um grave incidente
ocorrido na noite da última quinta-feira, 12 de junho, na Rodovia
Transamazônica (BR-230), nas proximidades do km 183, voltou a acender o alerta
sobre o recorrente problema de animais soltos em vias públicas no município de Uruará.
Por volta das 20h, um motorista que trafegava em direção à cidade colidiu com
um cavalo que circulava livremente sobre a pista, próximo ao Bairro
Cachoeirinha, a cerca de 3 quilômetros do perímetro urbano.
Segundo
informações repassadas por familiares da vítima, o condutor sofreu apenas escoriações leves,
mas o veículo teve a parte frontal seriamente danificada, resultando em
considerável prejuízo material.
Até o momento, não há
informações sobre o estado do animal nem sobre a identificação do proprietário.
O
episódio reforça a urgência de medidas preventivas para evitar esse tipo de
sinistro, que tem se tornado comum na região. Animais soltos em rodovias representam risco elevado
à vida humana, além de configurar infração legal. Conforme
estabelece o artigo 31 da Lei de Contravenções Penais (Lei nº 3.688/1941), é
passível de punição o ato de abandonar ou deixar animais em liberdade em via
pública, especialmente quando isso coloca em risco a segurança alheia.
Ainda
segundo o Código Civil (Lei nº 10.406/2002,
artigo 936), o proprietário ou detentor do animal é legalmente responsável por quaisquer
danos causados, salvo se comprovada culpa exclusiva da vítima
ou caso fortuito de força maior.
Autoridades
locais e especialistas alertam para a necessidade de manter os animais rurais sempre sob vigilância,
preferencialmente em áreas cercadas ou com barreiras físicas eficazes, evitando
que se aproximem ou adentrem o leito da rodovia. A manutenção adequada de cercas, porteiras e muretas,
assim como o manejo responsável dos animais, é essencial para garantir a
segurança de todos que utilizam a BR-230, uma das principais vias de tráfego da
região.
Esse
tipo de ocorrência em Uruará expõe a fragilidade da fiscalização e da conscientização dos proprietários rurais,
apontando para a necessidade de ações conjuntas entre poder público, polícias
rodoviárias, sociedade civil e produtores. Evitar novas tragédias depende,
acima de tudo, da responsabilidade
coletiva.
Com informações de Gazeta Real Uruará