Com reajuste, estado que detém as duas
maiores hidrelétricas brasileiras passará a cobrar a energia mais cara do país.
A
Agência de Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a Equatorial Energia
a aumentar a conta de energia elétrica dos paraenses em 18,32%. Com o novo
aumento, a Equatorial passará a ser a concessionária que cobra a energia mais
cara do Brasil. O novo preço entra em vigor no dia 7 de agosto.
A Equatorial Energia atende cerca de 2,9 milhões de
unidades consumidoras dos 144 municípios do Pará. Em 2022, a distribuidora já
havia aumentado a conta dos paraenses em 15%.
No ano passado, a Equatorial Energia no Pará teve receita
de venda de bens e serviços no valor de R$ 8,5 bilhões, com um lucro líquido de
R$1,5 bilhão. Isso significa que, enquanto os paraenses sofrem para pagar a
conta de energia mais cara, os acionistas da empresa gozam dos lucros.
Para o MAB, é uma violência o aumento da cobrança da
tarifa de energia no Pará, pois o estado é o maior produtor de energia elétrica
do Brasil (se consideramos que grande parte da energia produzida no Paraná é da
binacional Itaipu). Em 2022, o Pará gerou 70.000 Gwh, o suficiente para
abastecer cinco vezes a população do estado.
No entanto, essa energia é distribuída para fora do
estado, como no caso da hidrelétrica de Belo Monte, ou então é consumida com
subsídios por empresas eletrointensivas que causam grande degradação
socioambiental, como as mineradoras Vale e Hydro Alunorte.
A Equatorial Energia é uma holding (empresa guarda
chuva), que detém a concessão da distribuição de energia elétrica para 10
milhões de residências nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Alagoas e
Rio Grande do Sul.
Em 2022, a Equatorial distribuiu 9.141 Gwh, um
crescimento consolidado de 4,9%, e a receita operacional líquida somou R$ 27,1
bilhões, um aumento de 11,9% comparado a 2021.
Fonte: MAB/PA
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