Foto: EBC |
Atualmente,
produtos como saladas, verduras, frutas, leite e ovo não são taxados por
impostos federais e estaduais. Mas no parecer preliminar da reforma tributária,
feito pelo deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, os alimentos passariam
a ser taxados, com alíquota reduzida.
O
ex-secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional de 2013 a 2016,
Arnoldo de Campos, avalia que proposta vai encarecer a cesta básica.
A
Associação Brasileira de Supermercados afirma que a proposta pode aumentar em quase
60% os impostos sobre os produtos da cesta, causando aumento de preços
generalizados.
O Ministro
do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, em entrevista à Agência Brasil,
disse que está em negociação com o Congresso para evitar a tributação de alimentos
saudáveis.
O
coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária, deputado Reginaldo
Lopes, do PT de Minas Gerais, afirma que o texto ainda está em análise e pode
ser alterado.
Reginaldo
Lopes disse que o sistema de cashback, que é a devolução de parte do dinheiro
gasto na compra de um produto, deve compensar o aumento de tributos. Sendo,
para ele, a forma mais eficiente de se fazer justiça tributária.
O
coordenador de justiça social da Oxfam Brasil, ONG internacional que combate as
desigualdades, Jefferson Nascimento, alerta que a informalidade da economia
brasileira pode dificultar o acesso a essa ferramenta de cashback.
Procurada
pela Agência Brasil, a assessoria do relator da reforma, deputado Aguinaldo
Ribeiro, informou que o parlamentar não tinha agenda para conceder entrevista.
Fonte:
Radioagência Nacional
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