Senador não quis comentar seu futuro político
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Fonte: © Lula Marques/ Agência Brasil |
A defesa da democracia. Esse é o principal legado que Rodrigo Pacheco considera ter deixado depois de quatro anos no comando do Senado. Antes do início da votação para escolher seu sucessor, Pacheco fez um discurso de despedida.
"A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse no momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no Brasil"
Sobre o futuro, inclusive com a possibilidade dele assumir algum ministério numa próxima reforma ministerial, Pacheco desconversou.
"Eu fico muito honrado com esse reconhecimento ao sair da presidência do Senado sendo lembrado para posições na República seja de ministros do Estado, seja de governador do meu estado - como diz o presidente Lula recentemente - isso é um motivo, obviamente, de orgulho e de honra pra mim. Mas essa é uma avaliação que tem que ser feita ao seu tempo. O momento hoje é o momento de se dar foco e luz ao Senado Federal como instituição."
Já o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi mais claro. Disse que tanto Pacheco, quanto Arthur Lira, presidente da Câmara, têm “credenciais políticas para isso”, mas que as conversas nesse sentido vão começar a ocorrer a partir de agora, após a eleição para as duas casas.
"Passada a eleição da presidência da Câmara e do Senado, e foi uma sugestão inclusive que eu fizer a ele, ele vai reunir com os ministros e líderes de cada um dos partidos que compõem o governo para discutir, fazer avaliação do governo, conversar sobre a atuação dos ministros, discutir o que considera que são as prioridades de ações do governo dos próximos dois anos. Isso não necessariamente significa que vá culminar em uma reforma ministerial. Mas passada eleição das duas presidências abre o espaço para esse diálogo."
Padilha ainda completou: os ministros de Lula apoiam a eleição de Davi Alcolumbre, do União Brasil, à sucessão de Pacheco e que o governo pretende apresentar uma lista de projetos considerados prioritários. Entre eles: o Acredita Exportação, a PEC que restringe a participação de militares nas eleições e um projeto contra crimes em ambiente digital.
Por: Pricilla Mazenotti/Radio Nacional
Fonte: Radioagência Nacional