Presidente atribuiu a alta dos preços a fatores climáticos e exportação
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FOTO: © RICARDO STUCKERT / PR |
Após o registro na alta do preço dos ovos de galinha, o presidente Lula disse que quer conversar com empresários para avaliar formas de baratear o alimento. Apesar disso, Lula disse que outros fatores, como os climáticos, contribuíram para o aumento no valor da proteína.
"É importante lembrar que a gente vem de momentos muito cruciais no Brasil. Muito sol, o maior calor já feito na história deste país, muito fogo e depois de muita chuva, como no Rio Grande do Sul. Tudo isso tem interferência nos preços. Tivemos a greve aviária nos Estados Unidos e em outros países, e os Estados Unidos virou importador de ovo brasileiro, o Vietnã... E nós queremos discutir com os empresários, que nós queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro. Eu sei que o ovo está caro. E nós vamos ter que fazer uma reunião com os atacaditas para discutir como é que a gente pode trazer isso para baixo. Porque o fato de você estar vendendo produto em dólar, que está alto, não significa que você tem que colocar no preço do brasileiro o mesmo preço que você exporta." Lula comentou o assunto nesta quinta-feira (20), durante entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, por videoconferência. O presidente classificou como “absurdo” o preço dos ovos. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal a alta no preço dos ovos é uma “situação sazonal, comum antes e durante o período da quaresma”, quando as famílias costumam substituir o consumo de carnes vermelhas por ovos. A associação ainda citou aumento nos custos de produção, como o preço do milho; e as "temperaturas em níveis históricos”, que impactam na produtividade das aves. O aumento no preço dos ovos foi registrado pelo Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo. De acordo com a instituição, o preço da carne bovina vem apresentando queda. O presidente Lula se disse confiante quanto à redução do valor desse item. "A carne começou a cair. Pode ficar certo que vai cair e o povo vai voltar a comer a sua picanhazinha, a sua costela, outro pedaço de carne que ele deseja. Nós queremos baixar todo o alimento. Na reforma tributária, a cesta básica é totalmente isenta de qualquer imposto, inclusive a carne. E nós fizemos isso para baratear. Agora, quando você tem momentos como esse que nós estamos vivendo, você obviamente que não consegue controlar do dia para a noite, mas pode ter certeza que nós vamos trazer o preço para baixo e as coisas vão ficar acessíveis". Em janeiro, o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, foi de 0,16%. O menor índice para um mês de janeiro em 30 anos. A inflação foi puxada também pelo grupo alimentação e bebidas, que subiu 0,96%, principalmente pela alta da cenoura, do tomate e do café. Por: Saynoara Moreno/Radio Nacional Fonte: Radioagência Nacional |
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