Alexandre de Moraes retirou o sigilo do documento nesta quarta-feira
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FONTE: © RENAN OLAZ/CMRJ |
O grupo conhecido como "gabinete do ódio" era investigado pela Polícia Federal por criar e difundir notícias falsas para atacar autoridades, instituições, o processo eleitoral e os poderes da República. Três homens integravam o gabinete, que ficava numa sala pequena no terceiro andar do Palácio do Planalto. Segundo Cid, havia relação de subordinação deles com Carlos Bolsonaro, que era quem dizia o que deveriam publicar nas redes sociais.
Mauro Cid contou que as publicações no Facebook e no Whatsapp eram feitas pelo próprio ex-presidente Bolsonaro, mesmo mensagens de notícias falsas ou ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Carlos era o responsável pelas outras contas do ex-presidente, como lnstagram e Twitter.
Cid contou que o gabinete mantinha contato com influenciadores apoiadores do governo de Jair Bolsonaro para indicar conteúdos para publicação.
Em outra parte da delação, Mauro Cid relatou a proximidade da relação com influenciadores.
No dia 12 de dezembro de 2022, por exemplo, quando o cacique Serere foi preso, o ex-presidente Bolsonaro autorizou a entrada de Oswaldo Eustáquio, Paulo Souza e Bismark Fugazza no Palácio da Alvorada para evitar que fossem presos. Cid afirmou ainda que Souza e Fugazza tinham contato direto com o ex-presidente e acreditavam que CACs, donos de armas, apoiariam Bolsonaro num eventual golpe de Estado, como uma espécie de “tropa civil”.
A reportagem enviou mensagem para o advogado de Carlos Bolsonaro, mas ainda não obteve resposta.
Por: Gabriel Brum/Rádio Nacional
Fonte: Radioagência Nacional
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