Deputada
afirmou ter deixado o Brasil em busca de tratamento médico
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| © LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL |
No
início de maio, Carla Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão, sob
a acusação de ter comandado uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). Com a sentença, ela deve perder o mandato e ficar inelegível por
oito anos, mas ainda cabe recurso no Supremo.
Em
entrevista a um canal do YouTube, a deputada afirmou que tem sofrido “pressão
judicial” e “perseguição política”, motivos que a fizeram decidir se mudar para
o exterior e pedir licença não remunerada da Câmara dos Deputados, do mesmo
modo que o deputado Eduardo Bolsonaro solicitou em março.
“Eu
estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim, a princípio, buscando um
tratamento médico, e é um tratamento que eu já fazia aqui, e, agora, eu vou
pedir, inclusive, para que eu possa me afastar do cargo. Eu vou me basear na
Europa, eu tenho cidadania europeia. Gostaria de deixar bem claro que não é um
abandono do país, não é desistir da minha luta. Muito pelo contrário, é
resistir!”, afirmou Zambelli.
Além
da perda do mandato parlamentar, a sentença do STF prevê multa no valor de R$ 2
milhões por danos morais e coletivos.
Após
o trânsito em julgado, a defesa de Zambelli ainda pode apresentar recurso na
Câmara dos Deputados para que a matéria seja deliberada pelo Conselho de Ética,
deixando a decisão final para o Plenário da Casa.
Pelas
redes sociais, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, manifestou
irrestrita solidariedade à decisão de Zambelli de deixar o país. Ele afirmou
que o Judiciário ultrapassa os limites constitucionais para perseguir
parlamentares conservadores.
Após
Zambelli deixar o Brasil, o advogado Daniel Bialski informou, em nota, que
deixou a defesa da congressista, por motivo de foro íntimo.
Carla
Zambelli responde a outro processo na Suprema Corte, por perseguir um homem com
uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022. O julgamento está
suspenso, mas há maioria formada pela condenação por porte ilegal de arma de
fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Por:
Pedro Lacerda/Radio Nacional
Fonte: Radioagência Nacional

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