Os três
homens foram encontrados mortos no sábado (30). Os corpos
estavam em covas rasas cobertos por folhas, em área de mata fechada. A
causa da morte não foi confirmada pela Polícia Federal, que investiga o
caso.
"A Força
Nacional apoiou as ações de segurança na Reserva e segue no local por 15 dias
para garantir a segurança nas operações. A Polícia Federal foi a responsável
por coordenar as buscas pelos desaparecidos na área e preside o inquérito. A
Força Nacional segue dando todo o apoio necessário no caso", informou o
Ministério em nota.
William
Santos Câmara, José Luiz da Silva Teixeira e Cosmo Ribeiro de Sousa ficaram
quase uma semana desaparecidos. "Os homens tinham o objetivo de praticar
caça", informou o Ministério Público Federal (MPF) quando autoridades
federais iniciaram as investigações e buscas após o desaparecimento.
Na portaria
de segunda-feira (2) publicada nesta terça-feira (3), o Ministério da
Justiça diz que a Força Nacional deve atuar junto com autoridades no
estado do Pará, sob coordenação da Polícia Federal, para apoio à Fundação
Nacional do Índio (Funai).
As
circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas pelas autoridades. Mesmo
assim, a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa) denunciou que indígenas
da região de Novo Repartimento estão sofrendo ataques por redes
sociais e sendo alvo de discurso de ódio após as mortes.
Protestos
foram realizados na cidade de Novo Repartimento, por conhecidos dos homens
que morreram durante o velório e sepultamento das vítimas. A família de um dos
homens, que é capixaba, diz que ele não era caçador.
A área
Parakanã tem tamanho equivalente a 350 mil campos de futebol e abriga cerca de
23 aldeias, com uma população de 1,5 mil indígenas. A reserva ocupa 60% da
cidade de Novo Repartimento e 40% de Itupiranga.
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