Em 2021, HRT fez 29 partos de alto risco, com o nascimento de 33 bebês. Para evitar problemas durante a gravidez, é imprescindível que a gestante realize o acompanhamento médico
Referência para mais de 500
mil pessoas nos nove municípios da região do Xingu, o Hospital Regional Público
da Transamazônica (HRPT), em Altamira, pertence ao Governo do Pará e é
gerenciada pela Pró-Saúde. A unidade é a única a oferecer o serviço de partos
de alto risco gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.
Quando a grávida inicia o
pré-natal em uma unidade básica de saúde, ela passa por diversas avaliações
médicas. Se for diagnosticada com alto risco durante a gestação, a paciente é
encaminhada, por meio da central de regulação do município de origem, para o
Regional da Transamazônica, onde o quadro clínico é avaliado com exames e
consultas.
“A qualidade da saúde da mãe
vai interferir diretamente na saúde do filho. Se ela está saudável, o bebê
também está. Mas, por outro lado, se a grávida apresenta algum problema de
saúde, possivelmente passará para o bebê”, alerta o médico.
Partos prematuros
Segundo o estudo do Ministério
da Saúde, mais de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos no Brasil. Em
2021, o Regional da Transamazônica realizou 29 partos de alto risco,
totalizando o nascimento de 33 bebês. Desse total, 18 nasceram prematuros, ou seja,
antes do período de 37 semanas.
Para o pediatra, o não acompanhamento do pré-natal
e mães cada vez mais jovens (com menos de 18 anos), podem ser os motivos de
tantos nascimentos prematuros.
“Temos percebido muitos casos
de sífilis congênita, que é uma infecção sexualmente transmissível e que pode
passar para o bebê por via placentária. Essa grave infecção também pode
resultar no nascimento prematuro, má formação e até mesmo o aborto”, explica.
Caso o bebê não seja tratado,
ele pode desenvolver déficits neuropsicomotores, como deficiência mental,
problemas ósseos, ferimentos na pele, cegueira, entre outros.
Prevenção
Para evitar problemas de saúde
durante a gravidez, é imprescindível que a gestante realize o acompanhamento.
Além do pré-natal e consultas periódicas, outros cuidados importantes como,
alimentação saudável e equilibrada, evitar o uso de bebidas alcoólicas e
consumo de cigarro. “Se esse acompanhamento não for feito, quem se torna o
maior prejudicado é o bebê”, finaliza o médico.
"Encontro de prematuros"
Anualmente, no mês de
novembro, o Regional da Transamazônica realiza o "Encontro de
Prematuros", evento que tem como objetivo orientar os pais que estão
acompanhando os filhos prematuros internados na unidade. A ação também conta
com a participação de mães que já passaram pela experiência no hospital.
Tradição no hospital, o evento
é promovido pelo Grupo de Atenção Multidisciplinar Materno Infantil (GAMMI) e o
Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), com o intuito de sensibilizar em
relação à causa e disseminar a cultura de cuidados adequados às crianças que
nascem antes do tempo.
O Regional Público da
Transamazônica é o único hospital na região do Xingu que possui cinco leitos de
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, cinco de UTI Infantil e quatro de
berçário de alto risco. Além disso, a unidade fomenta constantemente o diálogo
sobre a assistência em ações humanizadas.
Texto: Karine
Sued/Ascom Hospital Regional da Transamazônica
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