Os bancários defiram ontem (29), às 19 horas, em assembleia da categoria, a organização da greve geral que inicia-se hoje, aprovada em todo o País desde a semana passada. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tentou evitar a paralisação e enviou uma última proposta no sábado (27), que foi rejeitada ainda na mesa de negociação, mas será votada em assembleias por todo o Brasil antes da deflagração da greve. Funcionários de bancos públicos e privados devem aderir ao movimento.
A greve foi votada na última quinta-feira (25) em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá. Os trabalhadores decidiram por unanimidade apoiar a proposta de greve geral a partir de hoje. A assembleia de ontem, que seria apenas organizativa, ganhou novo significado com o surgimento da última proposta da Fenaban, em mesa de negociação realizada no último sábado (27) em São Paulo, onde a instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%.
O avanço foi considerado insuficiente pela categoria ainda durante a mesa, porém, por motivos legais, a proposta precisa ser oficialmente rejeitada em assembleia para que a greve ocorra. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,5%, ampliação na Participação nos Lucros e Resultados das empresas (PLR), mais investimentos em segurança e medidas de prevenção contra assaltos e sequestros, contratação de mais bancários e abertura de novas agências, redução de juros e tarifas, combate efetivo ao assédio moral e fim das metas abusivas, Plano de Cargos e Salários em todos os bancos, dentre outras questões.