Voto
durou 5 horas e fez linha do tempo da trama golpista desde 2021
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| FOTO: © FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL |
"Diante
de todo exposto, voto no sentido da procedência total da ação penal."
O
ministro é o relator do processo na Primeira Turma da corte e foi o primeiro a
apresentar o voto no julgamento nesta terça-feira (9). No voto, que durou cerca
de cinco horas, Alexandre de Moraes passou por vários pontos levantados pela
denúncia da Procuradoria-Geral da República e pelas defesas. Segundo ele, o
plano golpista começou a funcionar em julho de 2021, com ataques às urnas
eletrônicas, e durou até 8 de janeiro de 2023. O objetivo era impedir a posse
do novo governo ou derrubá-lo depois, para perpetuação de Jair Bolsonaro no
poder.
"O
líder da organização criminosa, exercendo o cargo de chefe de Estado e chefe de
governo da República Federativa do Brasil, uniu-se a indivíduos de extrema
confiança para a realização das ações de golpe de Estado e ruptura das
estrutura das instituições democráticas, assim como todos os demais réus: Alexandre
Ramagem Rodrigues, Almir Garnier Santos, Anderson Gustavo Torres, Augusto
Heleno Ribeiro Pereira, Mauro Cesar Barbosa Cid, Paulo Sérgio Nogueira de
Oliveira e Walter Souza Braga Neto. A estratégia do grupo criminoso consistiu
na divisão de tarefas e na prática de uma sequência de atos executórios com
claro objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito e também impedir ou
depor o governo legitimamente eleito ou constituído, com a realização de um
golpe de Estado"
Ainda
precisam votar os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano
Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo. O colegiado tem sessões
marcadas todos os dias até sexta-feira (12) para encerrar o julgamento dos oito
réus do Núcleo 1 da trama golpista.
Por:
Gabriel Brum/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência

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