Segundo um
levantamento inédito do Observatório das Metrópoles, coordenado pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os municípios paraenses de
Marituba, Pacajá e Vitória do Xingu são os piores em quadro de
bem-estar no país. A pior cidade em qualidade de vida é a Presidente
Sarney, no Maranhão. A pesquisa foi divulgada no portal da revista Exame.
O levantamento
considerou os 5,5 mil municípios do Brasil, e destacou as 100 cidades que
apresentam o melhor e o pior quadro de bem-estar no país. O estado de
São Paulo domina o topo do ranking com oito cidades nas primeiras posições.
Considerada a cidade mais organizada do estado, Buritizal, no norte de São
Paulo, lidera a lista com índice de 0.951. Quanto mais próximo de 1,0, melhor é
a condição de bem-estar da cidade.
Para chegar ao
resultado, o estudou levou em conta cinco fatores de qualidade: mobilidade
urbana, condições ambientais e habitacionais, serviços coletivos urbanos e
infraestrutura. De acordo com a pesquisa, mais da metade dos municípios
estão em condições ruins com o atendimento inadequado de água e esgoto, coleta
de lixo e atendimento de energia.
Para Marcelo
Ribeiro, professor da UFRJ e pesquisador do Observatório, o levantamento revela
uma desigualdade regional. Sudeste e Sul abrigam as cidades com as melhores
condições de vida e Norte e Nordeste, os piores.
Município de 14,5
mil habitantes, Vitória do Xingu é sede da construção da usina de Belo Monte, e
recebeu do empreendimento nos últimos cinco anos R$ 455,8 milhões em
impostos. Mesmo assim Vitória do Xingu é a segunda pior cidade em qualidade de
vida do Brasil, com o índice de 0,474.
Além de Pacajá e
Vitória do Xingu, também figuram entre as 100 piores cidades do Brasil os
municípios de Anapu, Porto de Moz, Gurupá e Placas, todos na
região do Xingu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário