Conforme as investigações, a mãe das meninas era conivente com a situação.
No fim do ano passado, as crianças desapareceram com o
padrasto que salvou as meninas de um novo abus
Duas crianças de 8 e 11 anos estavam sendo
vítimas de abusos desde os três anos de idade. Os pais que possuíam o dever de
proteger e educar as vítimas, eram os próprios "empresários do crime".
Durante
a operação "Medusa", deflagrada nesta terça-feira (18), um
sargento da reserva da Polícia Militar e um comerciante de 50 anos foram
presos, no conjunto Galiléia e bairro Lago Azul, respectivamente, na Zona
Norte de Manaus. As investigações do caso iniciaram no mês de dezembro do ano
passado e mãe das crianças que também é envolvida nos crimes está foragida.
Conforme a delegada Joyce Coelho, a
investigação iniciou a partir do desaparecimento das crianças que passaram uma
semana em uma área de ramal desaparecidas na companhia do padrasto.
"A história por trás do desaparecimento nunca havia fechado para as investigações e a partir disso descobrimos que havia um Boletim de Ocorrência (BO) em nome do pai dessas meninas, o sargento da PM. Ao ouvirmos as meninas, elas contaram que eram abusadas desde pequenas pelo próprio pai. Elas relataram serem 'vendidas' pela mãe e pelo pai ao comerciante de 50 anos", explicou a delegada.
Coelho destacou que a menina de 11 anos relatou que
elas acabaram desaparecendo com o padrasto porque ele descobriu que a mãe iria
'vendê-las' ao comerciante e decidiu proteger as meninas. No entanto, eles
acabaram se perdendo na área de mata.
Eles acabaram se perdendo na área de mata. "O relato da criança, inclusive, diz que a primeira vez em que ela foi abusada pelo comerciante, ela estava com fome e com o valor de R$ 20, pago pelo criminoso, ela comprou arroz, feijão e uma sandália pois estava descalça", informou a delegada.
Foram representadas as prisões preventivas do
sargento, do comerciante e da mãe. No entanto, a mulher não foi localizada e é
considerada foragida da Justiça.
A autoridade policial disse que as investigações
apontaram ainda que na época em que as crianças desapareceram com o
padrasto, não ocorreu nenhum abuso sexual e que ele apenas foi ouvido em termo
de declaração. As crianças o mencionam como herói por elas terem escapado do
comerciante naquele dia ao saírem do local com ele.
Na época do desaparecimento, o sargento da Polícia
Militar chegou a gravar vídeos e publicar em redes sociais falando sobre as
buscas das meninas.
Os presos foram apresentados na sede da Depca. Eles irão responder por estupro de vulnerável, favorecimento a prostituição e exploração sexual comercial e serão encaminhados à Central de Recebimento e Triagem (CRT) localizado no quilômetro oito da Rodovia Federal BR-174.
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