Criado
em 2013 para analisar as condições sociais e ambientais de países, estados e
municípios, o IPS gera uma nota de zero a 100. Quanto mais alto o resultado,
melhor.
Da
lista dos 20 maiores desmatadores da Amazônia, seis ficaram com menos de 50
pontos no IPS: Portel (PA), Apuí (AM), Senador José Porfírio (PA), Novo
Repartimento (PA), Uruará (PA) e Anapu (PA). Há ainda nesse patamar municípios
como Jacareacanga (PA), conhecido pelo garimpo ilegal.
Todos os estados da Amazônia estão abaixo da média nacional.
Veja
abaixo os dez municípios onde houve maior desmatamento da Amazônia desde 2018 e
que tiveram as piores notas no IPS (de zero a 100 pontos, em que zero indica o
pior índice de progresso social):
1. Pacajá
(PA) - 44.34 pontos
2. Portel
(PA) - 46,25 pontos
3. Apuí (AM)
- 47,49 pontos
4. Senador
José Porfírio (PA) - 49,26 pontos
5. Novo
Repartimento (PA) - 49,71 pontos
6. Uruará
(PA) - 49,84 pontos
7. Anapu
(PA) - 49,95 pontos
8. Novo
Progresso (PA) - 51,60 pontos
9. Cujubim
(RO) - 52,11 pontos
10. São
Félix do Xingu (PA) - 52,94 pontos
Em 11º lugar
aparece Altamira (PA), com 52,95 pontos. O município é líder em desmatamento no
Brasil desde 2009.
Além do
desmatamento, o documento destaca que estes locais também estão fortemente
associados com conflitos sociais no campo e garimpo ilegal.
“Estamos
desmatando sem gerar riqueza. Além de não gerar desenvolvimento, o desmatamento
mantém a Amazônia num abraço mortal de pobreza”, afirma Beto Veríssimo,
co-fundador do Imazon e um dos líderes do estudo.
Para ele, o
desmatamento e as demais atividades ilegais na Amazônia só geram pobreza. Não
compensam nem economicamente, nem socialmente.
Para atrair
investimento, diz Veríssimo, é preciso predominar o estado de direito, o que
não tem acontecido. Ao contrário, ciclo de degradação e pobreza faz com que a
região não se desenvolva e crie poucas ilhas de razoável prosperidade.
Apenas 2%
dos municípios da Amazônia têm IPS acima da média nacional. O grupo é formado
por 15 cidades e cinco delas são capitais.
Operação em
Uruará
O IBAMA tem
mantido operação constante no município de Uruará contra o desmatamento ilegal.
E nesta segunda-feira, 06, aeronaves do órgão ambiental federal sobrevoaram a
sede do município. O órgão federal montou base próximo ao km 130 da rodovia
Transamazônica (BR-230), entre as cidades de Medicilândia e Uruará, onde já
está instalado há mais de 3 meses.
Fonte: Gazeta Uruará
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