Brasil Novo Notícias: URUARÁ É UM DOS MUNICÍPIOS CAMPEÕES DE DESMATAMENTO CADA VEZ MENOS DESENVOLVIDOS, SEGUNDO ESTUDO

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

URUARÁ É UM DOS MUNICÍPIOS CAMPEÕES DE DESMATAMENTO CADA VEZ MENOS DESENVOLVIDOS, SEGUNDO ESTUDO

Uma pesquisa do Imazon, que analisa o Índice de Progresso Social (IPS) nas 772 cidades da Amazônia Legal, revela que os municípios que mais desmatam são também o que apresentam as piores condições de vida da população. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (6). Enquanto o IPS do Brasil está em 63,29, os 20 municípios que mais destruíram a floresta nos últimos três anos apresentam um IPS médio de 52,38 — 21% menor que a média nacional e mais baixo também em relação ao da Amazônia (54,59).

Criado em 2013 para analisar as condições sociais e ambientais de países, estados e municípios, o IPS gera uma nota de zero a 100. Quanto mais alto o resultado, melhor.

Da lista dos 20 maiores desmatadores da Amazônia, seis ficaram com menos de 50 pontos no IPS: Portel (PA), Apuí (AM), Senador José Porfírio (PA), Novo Repartimento (PA), Uruará (PA) e Anapu (PA). Há ainda nesse patamar municípios como Jacareacanga (PA), conhecido pelo garimpo ilegal.

Todos os estados da Amazônia estão abaixo da média nacional.

Veja abaixo os dez municípios onde houve maior desmatamento da Amazônia desde 2018 e que tiveram as piores notas no IPS (de zero a 100 pontos, em que zero indica o pior índice de progresso social):

1. Pacajá (PA) - 44.34 pontos

2. Portel (PA) - 46,25 pontos

3. Apuí (AM) - 47,49 pontos

4. Senador José Porfírio (PA) - 49,26 pontos

5. Novo Repartimento (PA) - 49,71 pontos

6. Uruará (PA) - 49,84 pontos

7. Anapu (PA) - 49,95 pontos

8. Novo Progresso (PA) - 51,60 pontos

9. Cujubim (RO) - 52,11 pontos

10. São Félix do Xingu (PA) - 52,94 pontos

Em 11º lugar aparece Altamira (PA), com 52,95 pontos. O município é líder em desmatamento no Brasil desde 2009.

Além do desmatamento, o documento destaca que estes locais também estão fortemente associados com conflitos sociais no campo e garimpo ilegal.

Estamos desmatando sem gerar riqueza. Além de não gerar desenvolvimento, o desmatamento mantém a Amazônia num abraço mortal de pobreza”, afirma Beto Veríssimo, co-fundador do Imazon e um dos líderes do estudo.

Para ele, o desmatamento e as demais atividades ilegais na Amazônia só geram pobreza. Não compensam nem economicamente, nem socialmente.

Para atrair investimento, diz Veríssimo, é preciso predominar o estado de direito, o que não tem acontecido. Ao contrário, ciclo de degradação e pobreza faz com que a região não se desenvolva e crie poucas ilhas de razoável prosperidade.

Apenas 2% dos municípios da Amazônia têm IPS acima da média nacional. O grupo é formado por 15 cidades e cinco delas são capitais.

Operação em Uruará

O IBAMA tem mantido operação constante no município de Uruará contra o desmatamento ilegal. E nesta segunda-feira, 06, aeronaves do órgão ambiental federal sobrevoaram a sede do município. O órgão federal montou base próximo ao km 130 da rodovia Transamazônica (BR-230), entre as cidades de Medicilândia e Uruará, onde já está instalado há mais de 3 meses.

Fonte: Gazeta Uruará

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