BRASIL NOVO NOTÍCIA: Rio Xingu retoma leito central

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Rio Xingu retoma leito central


Ontem (04), o rio Xingu voltou ao seu curso central, na região de Pimental. Foram abertos os vãos (comportas acionada hidraulicamente) do vertedouro da Usina Complementar, localizada no Sítio Pimental, para dar vazão natural das águas do rio Xingu pelo leito original, por onde suas águas vão continuar passando permanentemente, mantendo a vazão para garantir a vida aquática e navegação no trecho da Volta Grande do Xingu. As informações são da Norte Energia.

Isto significa que a vazão do rio para a jusante (rio abaixo do Sítio Pimental) será mantida, com o mínimo de 700 metros cúbicos por segundo no mês de setembro, variando mensalmente para valores superiores conforme estabelecido no processo de licenciamento da Usina, em acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas) e o Ibama. A vazão mínima citada corresponde a uma vazão bem acima daquelas já registradas no histórico de ocorrências durante o verão. Assim, estão mantidas tanto a navegabilidade como a produção de pescado na área. O leito do rio havia sido desviado para o canal direito, durante a construção da Casa de Força Complementar e do vertedouro em Pimental. Atualmente, com a conclusão destas obras, a área que havia sido isolada do leito do rio já pode novamente receber as águas do mesmo.

No local, estão em execução as operações de Desvio de Segunda Fase, nas quais o fluxo de águas do rio Xingu foi devolvido ao canal central, deixando de passar pelo estrangulamento (canal direito). Na primeira fase, a parte do leito do rio entre a margem esquerda e a Ilha da Serra havia sido isolada, por meio da construção de pequenos barramentos (ensecadeiras), uma rio acima e outra rio abaixo separadas por cerca de 500 metros, criando compartimentos estanques a montante e a jusante.

Os 18 vãos do vertedouro na barragem do Sítio Pimental têm capacidade de vazão de até 62 mil m³/segundo. O volume, que corresponde à previsão de uma cheia decamilenar (período de avaliação igual a dez mil anos), é praticamente o dobro da vazão máxima registrada no Xingu, de 32 mil m³/segundo, em cerca de mais de 30 anos.

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