Desde 2005, ano da morte
da missionária Dorothy Stang, mais de 20 pessoas perderam a vida na cidade de
Anapu em função de conflitos agrário
Trabalhadores
de uma comunidade rural de Anapu, na região do Xingu, foram vítimas de mais um
ataque. Dessa vez, na noite da última sexta-feira, 25, um imóvel foi
incendiado. O local era onde torrava-se farinha para comercialização. O caso já
foi denunciado à Polícia.
Os moradores
desconfiam que o incêndio tenha sido criminoso, pois no estabelecimento não
havia fonte de fogo. Há anos o município de Anapu registra violência praticada
por grileiros e madeireiros. Desde 2005, ano da morte da missionária conhecida
por defender o direito à terra para camponeses e por criar projetos de proteção
da floresta amazônica, Dorothy Stang, mais de 20 pessoas perderam a vida na
cidade em função de conflitos agrários.
A comunidade
afetada é a Lote 96, ocupada por aproximadamente 60 famílias. As famílias estão
na área há 11 anos, onde e realizam plantações diversas, além da criação de
pequenos animais. Ali, a é terra pública, mas já foi reivindicada por um
fazendeiro conhecido como Peixoto, como sendo parte de sua propriedade.
Recentemente,
o fazendeiro teria vendido sua propriedade para um grupo de proprietários e na
negociação incluiu o Lote 96. Desde então, os que se reivindicam como novos
proprietários da área intensificaram a pressão sobre a comunidade,
denunciam os agricultores.
Os
trabalhadores acusam Peixoto e os novos proprietários de tocar fogo nas
plantações, casas e em colocar seu gado para pastar nas roças da comunidade. Um
dos capatazes de Peixoto, conhecido como “Queima Barraco” foi morto em 2019
numa troca de tiros com a PM, após ter tentado assassinar um jovem que faz
parte da liderança local.
Em nota, a
Polícia Civil informou que um inquérito policial já foi instaurado para
apurar o caso e que investigações estão sendo realizadas para resolver a
situação o mais breve possível.
Fonte: Portal Roma News
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