O corredor de uma UTI na cidade de Brescia, na Itália. CLAUDIO FURLAN/LAPRESSE / AP (AP) |
O sistema de saúde pode entrar em colapso em abril
em decorrência da pandemia do novo coronavírus, disse hoje (20) o ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante videoconferência da qual participaram o
presidente Jair Bolsonaro e representantes de associações empresariais
brasileiras hoje (20).
“No
final de abril sistema entra em colapso. O colapso é quando você pode ter o
dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas não há o sistema para
entrar”, afirmou o ministro.
A estimativa do Ministério da Saúde é que haja um
crescimento dos casos do Covid-19 nos próximos 10 dias, uma subida mais aguda
em abril, permanecendo alta em maio e junho. A partir de julho é a expectativa
de início da desaceleração. Em julho começa um plateau (estabilidade) e em
agosto um movimento de queda.
Mas a intensidade depende das medidas adotadas e do
comportamento das pessoas, destacou Mandetta. Neste sentido, o ministro
reiterou a importância da redução de circulação e iniciativas de isolamento.
“Para evitar esse colapso eventualmente pode ser necessário segurar a
movimentação para ver se consegue diminuir a transmissão. Quando tomamos medida
de segurar 14 dias, o impacto só é sentido 28 dias depois. A cadeia é
sustentada e você quebra”, comentou Mandetta.
Isolamento
Ontem (19) o Ministério divulgou novo protocolo
para os postos de saúde. Nos locais com transmissão comunitária (São Paulo, Rio
de Janeiro, Pernambuco, Porto Alegre, Belo Horizonte e Santa Catarina) pessoas
com sintomas do novo coronavírus terão um atendimento agilizado, serão colocadas
em isolamento por 14 dias assim como familiares e todos os idosos acima de 60
anos.
Nos
locais sem transmissão comunitária, pessoas com sintoma de Covid-19 devem
buscar os postos de saúde e ficar em isolamento, com monitoramento a cada 48
horas. Caso mais graves serão encaminhados para atendimento hospitalar.
FONTE:
Agência Pará
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