Imunizante está entre os 3 mais eficientes desenvolvidos até
agora
A pesquisa levou em consideração os testes
feitos em 19.866 voluntários, sendo que quase 15 mil receberam a vacina e cerca
de 5 mil o placebo, substância que não faz efeito. Entre esses voluntários que
receberam placebo, 62 foram contaminados pelo coronavírus; entre os vacinados,
16 tiveram Covid-19, mas ninguém desenvolveu a forma grave da doença.
A eficiência da imunização foi verificada
após a aplicação das duas doses da vacina, com intervalo de 21 dias entre elas.
A Sputnik V foi a primeira vacina contra a
Covid-19 registrada no mundo, em agosto do ano passado. O governo Russo
autorizou o uso antes mesmo dos testes em humanos. Em dezembro, as equipes de
saúde russas começaram a tomar a vacina e, no mês passado, o país começou a
imunização de toda a população.
A Sputnik V também já é usada em 15 países,
como Argentina, Emirados Árabes e Hungria. E está em análise em pelo menos mais
dez países, entre eles a Alemanha.
O laboratório União Química, que representa a
Sputnik V no Brasil, pediu no fim do ano passado autorização para testar a
vacina em voluntários brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ainda analisa o pedido e cobra mais documentos sobre a eficácia e a segurança
da substância.
Em nota, a Anvisa comemorou os resultados e a
publicação da pesquisa. E lembrou que, como autoridade reguladora, precisa ter
acesso a todos os dados do estudo. Ainda não existe previsão de quando a União
Química vai apresentar os documentos. Quando isso ocorrer, se estiver tudo
dentro dos padrões exigidos pela Anvisa, a agência pode autorizar o estudo com
humanos aqui no país.
Essa pesquisa com voluntários é uma das
condições para que a empresa solicite autorização para uso emergencial da
Sputnik V.
Fonte: Radioiagência Nacional
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